Três perguntas para: Michel Pinho

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A série “Patrimônio” de Michel Pinho, convidada para integrar a Mostra Especial “Pequenas cartografias (e duas performances)” nesta 5ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia apresenta  um relato sobre os campos de concentrações nazistas na Europa.

Confira a entrevista:

Forca de Auschwitz, Polônia. Foto: Michel Pinho

Debb Cabral – Tuas fotografias tem um caráter documental muito forte. Como que é apresentar um trabalho sobre política e história em um prêmio de arte?

Michel Pinho – O trabalho é uma reflexão sobre os espaços que marcaram o século XX, marcaram mesmo com arames, com cimento e dor. A fotografia nesse caso é uma tentativa de levantar uma discussão sobre o que queremos lembrar e o que queremos esquecer. O prêmio de arte é um espaço privilegiado para isso.

Debb Cabral – É uma série que é um questionamento sobre o estado de barbárie pelo qual a humanidade passou. Como falar isso através de imagens?

Michel Pinho – As imagens são reflexos de uma dor, de uma condição humana. Fiquei abalado alguns meses depois que voltei da Polônia, demorei para abrir os arquivos com as fotografias. Elas passaram a ser referência de um incomodo pessoal em relação a dor alheia. Sinto que elas me silenciam.

Debb Cabral – Este ano o Prêmio está completando cinco anos. Como você o avalia?

Michel Pinho – Vi o prêmio nascer, sinto-me honrado de ser convidado pela magnitude que ele ganhou nesses curto prazo. A fotografia paraense chegou em um nível de excelência tal que o prêmio diário é um dos seus maiores interlocutores. Vida longa.

A “Mostra dos artistas premiados e selecionados”, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas; e as exposições “Cidade Invisível”, de Janduari Simões; e “Pequenas cartografias (e duas performances)”, com trabalhos de Marise Maués, Michel Pinho, Cinthya Marques, Rodrigo José, Marco Santos e Luciana Magno; no MUFPA, seguem com visitação até o dia 22 de junho de 2014. A entrada é franca.

Texto: Debb Cabral

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