Público diverso e participativo na oficina “Olhar de Brinquedo”

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Seguindo com o seu objetivo de formar multiplicadores, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia ofertou a oficina “Olhar de Brinquedo” que teve como público-alvo professores e educadores de diferentes disciplinas que atuam na educação básica. A oficina integrou o programa de atividades do projeto educativo “Olhos de Assombro”. A coordenadora da ação educativa, Adriele Silva disponibilizou três turmas, para que os interessados pudessem escolher a data e o horário que fossem melhor para eles.

Segundo Adriele, o curso, mesmo com a greve dos rodoviários que ameaçou seu processo, “foi bem produtivo e participativo”. Diversos motivos levaram os participantes a se inscreverem, além daqueles que foram “selecionados” a partir de alguma ligação com a educação, “uma pessoa participou desse momento pela curiosidade/vontade em investir no seu ‘hobby fotográfico’ e outra participou como pesquisadora, pois esta escrevendo seu trabalho de conclusão de curso e viu nesse momento uma oportunidade de pesquisar mais sobre processos de mediação educativa em museus. Essa relação foi fundamental para as discussões que buscamos provocar”.

Foto: Adriele Silva

Uma metodologia intuitiva e que levava em conta a si mesmo e o outro, sempre “fazendo relações entre sentimentos, lembranças e teorias fomos nos percebendo enquanto ‘seres de encontro’ e que esses encontros – pensando o papel do educador – também são responsabilidades competentes a profissão e acima de tudo as relações que criamos/alimentamos/estabelecemos com qualquer sujeito. A partir daí fomos passando por questões relacionadas a percepção de como podemos construir esses percursos/roteiros de viagens aos possíveis encontros que podemos ter com a arte. Então atravessamos a necessidade da busca por informações, da definição de objetivos que estejam ou não relacionados as instituições que cada grupo esteja ligado, da divisão de tarefas, da parceria entre os diferentes níveis de mediação para perceber esse processo como uma complexa rede de saberes/fazeres humanos em prol – nesse caso do nosso projeto – do artístico. E quando digo perceber essa complexa rede enfatizo a necessidade perceber criticamente o lugar do ‘espaço cultural’, da ‘escola’ e da ‘família’ nessa construção que é sensível, mas também é política, social, econômica, cultural e afetiva”, refletiu.

Foto: Adriele Silva

O lúdico também esteve presente, através de dinâmicas e uso de objetos como apoio, como conta Adriele, “fechamos o dia fazendo uma atividade de construção dessas redes a partir de uma pequena ‘fita de moebius’ que em um dado momento de entrelaça e cruza todos nós em um só emaranhado de fios banhados pelo desejo de sensibilização ao que nos constitui e ao que consequentemente também constitui o outro”.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

A “Mostra dos artistas premiados e selecionados”, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas; e as exposições “Cidade Invisível”, de Janduari Simões; e “Pequenas cartografias (e duas performances)”, com trabalhos de Marise Maués, Michel Pinho, Cinthya Marques, Rodrigo José, Marco Santos e Luciana Magno; no MUFPA, seguem com visitação até o dia 22 de junho de 2014. A entrada é franca.

Texto: Debb Cabral

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