Diário Contemporâneo de Fotografia chega a última semana

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São os últimos dias para ver as duas mostras que compõe este ano o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade. Aberto a todos os artistas brasileiros ou residentes no país, o Prêmio é promovido pelo jornal Diário do Pará e conta com o patrocínio da Vale e com as parcerias da Casa das Onze Janelas do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA e o Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Em sua 3ª edição, o Prêmio recebeu cerca de 300 inscrições de artistas de todo o país e recebeu a visita de cerca de 1.500 alunos de mais de 30 escolas públicas. O tema Memórias da Imagem reúne 23 trabalhos, na Casa das Onze Janelas enquanto o Museu da UFPA recebe a mostra “Pra ter de onde se ir”, com fotografias do artista convidado deste ano, o fotógrafo Miguel Chikaoka. Desde março, a mostra traz imagens pouco conhecidas do artista convidado da 3ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Entre elas, fotografias feitas na residência do músico Tó Teixeira. Já a Mostra Memórias da Imagem, na casa das Onze Janelas, traz trabalhos que exploram de maneiras diversas, as possibilidades que a experiência da memória evoca nas representações visuais.

A visita por esta mostra passa pelas salas Valdir Sarubbi, Gratuliano Bibas e o Laboratório e é um convite para se perder vendo cada trabalho, vídeos, ouvindo textos ou músicas e lendo cartas ligadas às imagens, por exemplo, da obra “O apanhador de memórias”, por exemplo, de Wagner Okasaki.

O artista apresenta imagens, próprias e apropriadas, obtidas a partir de negativos ou de diapositivos digitalizados em aparato artesanal-caseiro (apelidado de “apanhador de memórias”), composto por uma câmera digital compacta, uma luminária de teto invertida e algumas embalagens recicladas (vide projeto de montagem).

Outra dica é ver o vídeo arte “Chippendale”, que entre outras sensações, nos remete a memória, o gosto das frutas que são degustadas pelo personagem criado pelo do Coletivo Cêsbixo. A obra é considerada um vídeo, no que concerne seu suporte, mas a linguagem busca evidenciar limites mais fluidos no que diz respeito entre semelhanças e diferenças de linguagem fotográfica, de vídeo-arte ou cinema.

PALESTRAS – Este ano, o projeto reforçou seu compromisso com a educação e a pesquisa, através de visitações de estudantes, e  com programação de palestras, encontros com artistas, oficinas e atividade educativa com as escolas. A última delas, encerra neste domingo, com Octavio Cardoso, que trabalha como o tema os ensaios fotográficos no jornalismo impresso.

Este ano foram realizadas três palestras, a primeira ainda em fevereiro, com Heloisa Espada, Doutora em História, Teoria e Crítica da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. A segunda, com o idealizador da Associação Fotoativa, Miguel Chikaoka e a terceira, na semana passada com o fotografo, professor e pesquisador Alexandre Sequeira.

“Pensamos em ampliar mais a programação de oficinas e palestras, mas estamos fazendo isso aos poucos pois, quando você lida com trabalhos e artistas de todo o Brasil, é uma grande responsabilidade…” diz Mariano Klautau Filho, coordenador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.

Mas nesta 3ª edição do Prêmio percebe-se que o projeto vem ganhando força em todo o país. “Creio que os méritos são basicamente consolidar as ideias que foram pensadas desde o inicio, ou seja, não abrir mão do diálogo nacional, da visão abrangente sobre fotografia em diálogo com a arte e de propor sempre um campo para o artista, mesmo aquele que não seja necessariamente fotógrafo, mas que veja na fotografia um meio pelo qual pode pensar a imagem em suas mais diversas manifestações”, explica.

FORMAÇÃO – A ideia é que cada vez mais o Prêmio se torne um projeto de formação. “É esta a configuração ideal, mas podemos avançar na estrutura de produção para garantir a ampliação das atividades de formação”, continua.

O artista convidado deste ano, Miguel Chikaoka, para a mostra “Pra se ter onde ir”, tem muito haver com esta nova direção a que o premio vem se afirmando. “O Miguel tem uma importância fundamental na formação de diversas gerações de artistas especialmente aos que vem se dedicando à fotografia”, afirma Mariano.

Na exposição, que teve curadoria dele, a ideia foi de fazer realmente um recorte do trabalho do Miguel. “São imagens que indicam uma certa instabilidade mas que são um exercício na construção das imagens. Daí a ideia de que a casa (assim como a fotografia) é um ponto de partida e não somente de chegada”, reflete.

Para Mariano, a curadoria deste ano foi muito feliz, em especial pelo fato da comissão ter selecionado em sua maioria os projetos de cada artista em sua íntegra. “Isso faz a mostra ser uma reunião de trabalhos com muita personalidade em que o traço e escolha do artista ficam mais visíveis e maduros”.

Mariano avalia que os artistas responderam muito bem à proposta do tema Memórias da Imagem, porque subverteram a noção mais convencional da fotografia em relação com a memória. “Era esse o objetivo do projeto. E a Casa das 11 janelas é um espaço generoso e com isso foi possível trabalhar os artistas individualmente, dar mais espaço (literalmente) para seus trabalhos”, complementa.

A realização do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é do Jornal Diário do Pará. Patrocínio da Vale e Governo do Estado. Apoio Espaço Cultural Casa das Onze Janelas – SIM /Secult-PA, Museu da UFPA, Sol Informática e Instituto de Artes do Pará.  Informações: (91) 3184-9327 / (91) 8128-7527. www.diariocontemporaneo.com.br / imprensa@diarioconteporaneo.com.br / Twitter: @premiodiario

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