O livro como território de criação em workshop com Rosely Nakagawa

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia trouxe para Belém a curadora independente e pesquisadora, Rosely Nakagawa, para ministrar um workshop. “O livro como território de criação” foi realizado em dois dias no auditório do Museu de Arte Sacra.

Na ação formativa, Rosely conversou sobre o encadeamento de imagens e as suas formas de leitura, bem como a origem do papel. “O livro é uma possibilidade de difusão de pensamento, de ideias. Foi assim que ele nasceu”, disse.

Foto: Debb Cabral

Ao apresentar as formas de se construir o livro e como como o seu surgimento foi possível, a pesquisadora ressaltou que suportes de registro já existiam muito antes do livro e da própria escrita. Desde as pinturas rupestres até o papel, os participantes puderam perceber a demanda crescente por portabilidade e difusão de informações.

A produção do livro é um processo de construção de narrativa. “Quando a gente fala de ‘livro de artista’, é muito difícil encontrar na história do livro quando ele nasceu, porque fazer um livro já é uma arte. O livro já é uma obra daquele que a fez”, explicou. Envolve uma pratica consciente do projeto pelo artista que sente, planeja e busca conhecer as limitações e possibilidades desse suporte de trabalho.  “O que caracteriza um livro de artista não é ser um exemplar único, o que o caracteriza é o entendimento do processo de construção de sentido naquele suporte”, acrescentou.

Rosely debateu as dúvidas dos participantes sobre o que deve ser visto e o que deve ser preservado, além de questionar por quais motivos um projeto merece ser pensado no suporte do livro.

O segundo dia de atividades foi marcado por práticas manuais com papel, desde fazer um tsuru de origami até técnicas de costura de livros, leituras de portfólio, edição e criação de narrativas.

VISITAÇÃO

A exposição “Realidades da Imagem, Histórias da Representação” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 9ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam no Museu do Estado do Pará – MEP. Além disso, o Museu da UFPA recebe a mostra individual “Lapso”, com trabalhos de Flavya Mutran, artista convidada e a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto de Elaine Tedesco. A visitação segue até dia 15 de julho.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.