Oficina do Diário Contemporâneo exercitou a relação entre “O Retrato e o Tempo”

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O 8º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia ofertou ao público, no período de 05 a 08 de junho, mais uma programação formativa. A oficina “O Retrato e o Tempo”, foi ministrada pelo professor de artes visuais, desenhista e fotógrafo, Valério Silveira e contou com uma metodologia que instigava o olhar para si e para o outro.

Valério Silveira selecionou todos as pessoas que se inscreveram, seu único critério era que o participante gostasse de fotografia. Dessa maneira, a oficina foi amplamente democrática e teve a participação desde fotógrafos experientes até os iniciantes, que encontraram na ação formativa do Diário Contemporâneo o seu primeiro contato com os exercícios do fazer e da reflexão fotográfica.

Belém, Pará, Brasil. Cultura. Oficina O Retrato e o tempo com Valério Silveira, realizado durante a programação da VIII edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. 08/06/2017. Foto: Irene Almeida.
Foto: Irene Almeida

O professor apresentou um pouco do princípio da fotografia, sua história, relação com as outras linguagens artísticas e com a sociedade, além da democratização do fazer fotográfico com o advento da imagem digital e a portabilidade das câmeras.

Questões éticas como intimidade e respeito com o fotografado também foram debatidas. A fotografia é uma maneira de se aproximar das pessoas, se comunicar com elas, pois “quem retrata, também coloca um pouco de si na foto”, afirmou Valério.

Memória e o medo da própria imagem. O homem persegue o tempo. “Nós temos uma série de retratos nossos feitos ao longo da vida e aqueles nas imagens não são que somos, mas quem um dia fomos”, refletiu. A máquina fotográfica seria então uma máquina do tempo? Qual é o tempo da fotografia? Muita coisa acontece antes e depois do instante do clique. “A fotografia retira do tempo o que o tempo retira do homem”, acrescentou.

Com todas essas questões em mente, Valério propôs aos participantes retratar um colega, mas também permitir que ele o fotografasse. O retrato envolve a pose e o consentimento, é uma frontalidade que comunica.

“A vivência foi muito boa. Foi interessante poder fotografar outros colegas, treinar outras técnicas e aprender mais. O que eu preciso agora é praticar as técnicas que eu não domino, pois algumas eu quero dominar com a excelência que o Valério faz. Acho que partir daí as coisas possam mudar”, contou Úrsula Bahia, fotógrafa com mais de 20 anos de experiência na área e que participou da oficina.

Além da primeira, dedicada aos debates sobre a temática da oficina, foram duas tardes de produção e uma de seleção, em uma espécie de curadoria coletiva, na qual todos compartilharam as imagens produzidas, suas dificuldades, surpresas e relatos de experiências. “Toda fotografia reconstrói seus lugares e personagens, mais que tudo, reconstrói suas memórias”, finalizou Valério Silveira.

Foto: Beatriz Araújo
Foto: Elisa Bentes

VISITAÇÃO

A exposição “Poéticas e Lugares do Retrato” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 8ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam divididas entre o Museu da UFPA e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Além disso, o MUFPA recebe a mostra individual “Interiores”, com trabalhos de Geraldo Ramos, artista convidado. A visitação segue até dia 30 de junho, no MUFPA e 02 de julho, nas Onze Janelas.

 SERVIÇO: O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Selecionados para a oficina com Valério Silveira

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A oficina “O Retrato e o Tempo”, com Valério Silveira, é uma ação do 8º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia que tem como objetivo incentivar e fomentar a educação e a pesquisa no campo da fotografia.

Foto: Valério Silveira

Todos os inscritos receberam comunicação via email informado na ficha de inscrição. É imprescindível a confirmação do recebimento do email e a participação na oficina até segunda-feira (05) pela manhã. O não retorno será entendido como desistência.

Confira a lista dos selecionados:

  1. Alesson da Silva Barros
  2. Aline Carneiro Bezerra
  3. Aline da Silva Lima
  4. Amanda Barros Melo
  5. Antônio Augusto Ferreira
  6. Beatriz Araújo
  7. Bethania da Cunha Salgado
  8. Carla Augusta da Silva Barroso
  9. Chrystian Figueiredo
  10. Deia do Socorro Pinheiro Lima
  11. Diego de Queiróz Barbalho
  12. Eder Augusto Coutinho Proença
  13. Eduardo Magalhães de Castro
  14. Felipe Matheus conceição brito
  15. Felipe Samir Tavares Damasceno
  16. Fernando José Paranhos de Almeida
  17. Franciney Carvalho Palheta
  18. German Felipe Tapia Riveros
  19. Helisama Mercês Lobato de Abreu
  20. Jade Pureza Santos
  21. Janderson Costa Gonçalves
  22. João Daniel Ferraz Santos
  23. Karla Rocha de Farias
  24. Letícia Araujo Cordeiro
  25. Lucyeny Maria Carvalho de Abreu Rosa
  26. Luis Gustavo Barros Azevedo
  27. Marcélia Cristina Silva Rosário
  28. Marcelo Kalif
  29. Maria do Socorro Chuva Simonetti
  30. Maria Eliza Marçal Bentes
  31. Nina Daia Carvalho dos Santos
  32. Rafael Augusto Canelas Aguilera
  33. Rafael Fernando Serrão Chaves
  34. Rao Godinho
  35. Rogério Migdon Vieira da Silva
  36. Rosana Maria Rodrigues Crespo Teixeira
  37. Ruan Pinheiro Peçanha
  38. Ursula Bahia
  39. Vanessa Cardoso Gama
  40. Vanessa de Fátima Fernandes Vinagre
  41. Ylen Braga Brito

[ENCERRADO] “O Retrato e o Tempo” – Oficina com Valério Silveira está com inscrições abertas

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As mostras do 8º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia seguem com visitação aberta ao público. Além disso, o projeto inscreve até dia 02 de junho para a oficina “O Retrato e o Tempo”, ministrada pelo professor de artes visuais, desenhista e fotógrafo, Valério Silveira. A programação ocorrerá de 05 a 08 de junho, das 15 às 18h, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. As inscrições, que são gratuitas, são realizadas via ficha de inscrição disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. As vagas são limitadas.

Foto: Valério Silveira

A temática desta 8ª edição do Projeto é “Poéticas e Lugares do Retrato” e a partir dela Valério irá trazer questões e exercícios usando outros sentidos da percepção visual. O tempo da fotografia é o instante do clique ou ele ocorreu antes, no momento do olhar? Ou depois, na fixação da imagem? Como medir o tempo da fotografia? E que tempo é esse que a fotografia mede?

“A fotografia é um recorte luminoso da vida, no tempo e no espaço. Sendo, na maioria das vezes, o tempo e espaço variáveis que têm níveis desiguais de nossas percepções. A fotografia suscita muitas questões sobre o espaço, e muitas vezes nos esquecemos de questionar o tempo, o seu tempo. Será que a captura fotográfica sempre representará um tempo passado? E no retrato, sempre será pretérito? O alguém que já passou e que já esteve? O que é o tempo no retrato? Sempre um clique será anterior a sua atualidade? Mas em relação a sua memória, o retrato pode ser posterior? Quais os tempos de um retrato? Execução, conservação e existência”, refletiu Valério Silveira.

O objetivo da oficina será proporcionar um diálogo sobre o retrato e suas práticas, usando a interpretação do tempo como elemento prioritário para a discussão e produção da imagem. “Alguns retratos trazem significados temporais que não veremos mais a não ser nele mesmo, e que vai variar de acordo com quem os observa. E é em busca desses significados que essa oficina se propõe a dialogar, exercitar e se materializar sobre o que nos diz ‘O Retrato e o Tempo’”, finalizou.

O FOTÓGRAFO

Valério Silveira é professor de artes visuais, desenhista e fotógrafo, aficionado por imagens e arte. Mestrado em educação na Universidade UFPA, com pesquisa na área da fotografia e da infância na cidade de Belém do Pará, na primeira metade do século XX. Em seu trabalho procura fugir do óbvio, e driblar as convenções da realidade. Sua produção fotográfica tende ao viés artístico.

AS EXPOSIÇÕES DO DIÁRIO CONTEMPORÂNEO

A exposição “Poéticas e Lugares do Retrato” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 8ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam divididas entre o Museu da UFPA e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Além disso, o MUFPA recebe a mostra individual “Interiores”, com trabalhos de Geraldo Ramos, artista convidado. A visitação segue até dia 30 de junho, no MUFPA e 02 de julho, nas Onze Janelas.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo inscreve para oficina com Valério Silveira. As inscrições são feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br até 02 de junho. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Oficina com Alex Oliveira faz a fotografia ocupar a cidade

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O fotógrafo e artista visual, Alex Oliveira, foi selecionado para participar da mostra “Poéticas e Lugares do Retrato”, do 8º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. O Projeto aproveitou a passagem dele pela capital paraense para oferecer ao público uma programação formativa. “Fora do Lugar – Oficina de Fotografia Contemporânea”, foi realizada de 09 a 12 de maio e contou com uma metodologia que foi desde a história da fotografia até a exposição de imagens nas ruas do centro da cidade.

No primeiro dia de atividades, Alex conversou com o grupo, contou sobre sua trajetória e comentou trabalhos de outros artistas como Berna Reale, Edu Monteiro, Cindy Sherman, Alexandre Mury, Duane Michals, Francesca Woodman, Nan Goldin, Shirin Neshat, Ricardo Alvarenga, Nona Faustine e Michelle Mattiuzzi. “A metodologia da oficina é pensada a partir de aulas teóricas e práticas, buscando o compartilhamento de experimentações que derivam da história da fotografia até os diferentes trabalhos de fotógrafos e artistas contemporâneos, numa busca por ampliar as referências visuais dos participantes, apurando o olhar para os acontecimentos cotidianos capazes de nortear uma produção que mescla fotografia, performance e intervenção urbana”, explicou o fotografo.

Fotos: Irene Almeida

No dia seguinte a ação foi na rua. Os participantes saíram do auditório do Museu de Arte Sacra, onde foi realizada a oficina, e partiram rumo ao Ver-o-Peso e ruas da Cidade Velha. “Neste caso específico, a produção de imagens visou estabelecer uma relação direta com o espaço urbano, seja nos possíveis deslocamentos de objetos, pessoas e situações encontrados durante a saída a campo, como também em situações e acontecimentos criados pelos participantes, numa busca por uma atitude que visa dialogar e transmitir diferentes sentidos e informações”, acrescentou.

Quando se sai em busca de imagens deve se estar aberto ao imprevisível. A cidade é como uma grande performance que ocorre ininterruptamente. A fotografia é, então, o registro desse movimento frenético. Marcelo Brasil, professor, contou que “a oficina propôs uma abrangente discussão sobre a produção de imagens na contemporaneidade, passando pela história da fotografia, a relação desta com a performance, a intervenção urbana e o deslocamento de realidades”.

O espaço urbano é vivo e pulsante. “A cidade pode ser considerada a partir de um olhar, ou olhares, que passam a visualiza-la como uma ação que se desenrola sem roteiro pré-estabelecido, no qual cabe o fotógrafo/artista buscar desenvolver um corpo aberto e uma escuta ativa que possa ser atravessada por questões, pessoas e encontros ao acaso, que, de antemão, poderiam passar despercebidas”, disse Alex.

Em sua trajetória, Alex Oliveira tem um trabalho de performance bem extenso, mas a maior característica dele é o fato de que as suas diferentes séries só foram possíveis graças à relação com o outro, aos vínculos e às conexões pessoais estabelecidas. “Meu interesse com a oficina foi nortear um olhar apurado para estas relações, visando uma abertura para as experimentações e processos de criação que utilizem a cidade como um campo aberto, capaz de trazer e levantar questões que falem tanto de si, quanto do outro, ou até mesmo de como estas relações são construídas”, explicou.

Uma vez produzidas as imagens, o terceiro dia da oficina foi dedicado ao olhar conjunto, numa espécie de curadoria coletiva na qual foram compartilhadas impressões, críticas e sugestões.

A fotógrafa, Joyce Nabiça, contou que “o que eu mais gosto é dessa relação de troca de conhecimentos, porque eu sempre vou ter alguma coisa para colaborar e as outras pessoas também sempre terão alguma coisa para me doar. Quando o Alex apresentou o trabalho dele e de outras pessoas que interferem no meio urbano, de certa forma isso acabou abrindo a nossa mente para o lugar onde nós vivemos e que não reconhecemos. Nós começamos a ficar mais sensíveis, como eu, que percebi nas minhas imagens a questão forte dos rios, pois eles fazem parte do espaço urbano de Belém e da dinâmica natural da cidade”.

A fotografia foi, então, o vetor de comunicação direta com o entorno. Assim, retirar as imagens e não as devolver não fazia sentido para a proposta do artista. Segundo ele, a importância dessa ação “vem do interesse por pensar numa produção fotográfica que possa não somente captar, registrar e expor em museus e galerias, mas também no espaço urbano, estabelecendo assim, um ciclo criativo que envolve a produção, edição, curadoria e exposição fotográfica – que passa a ser materializada a partir do retorno das imagens para a cidade. Como estas fotografias são recebidas pelas pessoas que convivem diariamente naquele ambiente? Como as imagens podem despertar o imaginário e a memória dos transeuntes e passantes? Estas e outras questões perpassam as motivações e interesses da oficina”, afirmou Alex.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia expõe as suas obras em dois museus da capital paraense, o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e o Museu da UFPA, e desde a sua primeira edição tem investido no acesso à arte. A oficina de Alex Oliveira vem de encontro a esse propósito, pois o resultado da saída fotográfica e da curadoria compartilhada foi devolvido a cidade em imagens no formato “lambe-lambe”, afixadas próximas aos locais de sua realização.

“A exposição das imagens nas cidades visa democratizar o acesso à arte fotográfica para além dos museus e galerias, que geralmente é habitado por uma grande maioria do público especializado das artes, levando a fotografia para habitar, mesmo que de forma efêmera e temporária, a cidade e seus respectivos espaços. No caso da oficina, as fotografias serão expostas em contextos que são marcados por uma grande produção imagética, como o Ver-o-Peso, a Feira do Açaí e a Cidade Velha”, finalizou Alex.

VISITAÇÃO

A exposição “Poéticas e Lugares do Retrato” exibe os trabalhos premiados, selecionados e participações especiais da 8ª edição do Diário Contemporâneo. As obras ficam divididas entre o Museu da UFPA e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. Além disso, o MUFPA recebe a mostra individual “Interiores”, com trabalhos de Geraldo Ramos, artista convidado. A visitação segue até dia 30 de junho, no MUFPA e 02 de julho, nas Onze Janelas.

SERVIÇO: O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com ewww.diariocontemporaneo.com.br.

O verbo e a fotografia na oficina de Lívia Aquino

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A fotógrafa e pesquisadora no campo da imagem, Lívia Aquino, já tem uma relação antiga com o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Em 2012 foi selecionada para participar da mostra e, em 2015, foi integrante da comissão de seleção, além de realizar uma fala sobre a sua pesquisa na época. Agora, em 2017, Lívia retornou ao Projeto para ministrar a oficina “Fotografar a Fotografia”, que foi realizada nos dias 05 e 08 de maio, no auditório do Museu de Arte Sacra.

Foto: Flávia Bassalo

A artista iniciou pedindo que cada participante escolhesse um verbo que mais o representasse para se apresentar. Escrever, arquivar, desenhar, pensar, estudar. “Eu gosto dessa apresentação com os verbos porquê, de certa maneira, eles nos sacodem para observar as nossas ações”, explicou.

A ideia era refletir sobre as práticas, sejam elas pessoais, acadêmicas ou artísticas, além de debater a lógica da fotografia e como ela circula em diferentes contextos das práticas sociais. Estudantes, pesquisadores, artistas e professores constituíram o público da programação.

Como viver em um mundo com tantas imagens? O que fazer com todas elas? Para onde elas estão nos levando? Estes foram alguns dos questionamentos trazidos à tona.

Lívia Aquino e os participantes da oficina. Foto: Irene Almeida

Lívia Aquino usou como base para a conversa os textos “Um passeio pelos monumentos de Passaic”, do artista Robert Smithson e “Aventura de um Fotógrafo”, de Italo Calvino, que foram lidos em voz alta. “Ler junto tem uma ação de presença que, a meu ver, é fundamental. A leitura partilhada e comentada é recorrente para mim”, afirmou.

Trabalho. Operação. Processo. Que tempo-espaço comporta a expressão “fotografar a fotografia”? Quando lido, o texto de Smithson ajudou a debater questões como ruína, patrimônio, memória e cidade. No convite ao deslocamento, a monumentabilidade das coisas e como elas dialogam conosco. “O momento da escrita já nos aparta dos acontecimentos e nos coloca em outro tempo”, observou Madalena D’o Felinto, participante da oficina.

Nos dois dias de encontro a partilha foi intensa e, ao se debruçarem sobre os textos, outras referências surgiram, em uma reflexão teórica sobre a imagem fotográfica.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Selecionados para o oficina com Alex Oliveira

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A programação Fora do Lugar – Oficina de Fotografia Contemporânea, que será ministrada pelo fotógrafo e artista visual, Alex Oliveira, é uma ação que tem como objetivo incentivar e fomentar a educação e a pesquisa no campo da fotografia.

Confira a lista dos selecionados:

  • Adan Bruno Costa da Silva;
  • Adrison Henrique Montagne;
  • Arthur Elias Silva Santos;
  • Beatriz Bezerra Morbach;
  • Breno Luz Morais;
  • Carla Augusta da Silva Barroso;
  • Caroline Miniskovski;
  • Desiree Costa Giusti;
  • Diego de Queiróz Barbalho;
  • Felipe Samir Tavares Damasceno;
  • Francisco Luiz Ribeiro Sidou;
  • German Felipe Tapia Riveros;
  • Heldilene Guerreiro Reale;
  • Helisama Mercês Lobato de Abreu;
  • Iza Girard;
  • Jaqueline da Cruz Dias;
  • Joyce Dias Nabiça;
  • Karla Rocha Farias;
  • Luíza Brilhante Bezerra;
  • Marcelo dos Santos Nascimento.
  • Marcelo Pereira Brasil;
  • Marise Maués Gomes;
  • Ursula Bahia;
  • Victor Moriyama;
  • Victor Peixe.

Aos selecionados solicitamos confirmar recebimento de email e participação.

Selecionados para o oficina com Lívia Aquino

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A oficina Fotografar a Fotografia será voltada para a pesquisa e reflexões teóricas sobre a imagem fotográfica. Lívia Aquino usará como pontos de partida para os debates os textos “Um passeio pelos monumentos de Passaic”, do artista Robert Smithson e “Aventura de um Fotógrafo”, de Italo Calvino.

Confira a lista dos selecionados:

  1. Adan Bruno Costa Da Silva
  2. Alex Cardoso Oliveira
  3. Alexsandro Oliveira Santos
  4. Carolina Maria Mártyres Venturini Passos
  5. Deia Do Socorro Pinheiro Lima
  6. Diogo Chagas Lima
  7. Flavia Silva Bassalo
  8. German Felipe Tapia Riveros
  9. Guido Couceiro Elias
  10. Heldilene Guerreiro Reale
  11. Ionaldo Rodrigues Da Silva Filho
  12. Karina Da Silva Martins
  13. Keyla Sobral
  14. Lorena Tamyres Trindade Da Costa
  15. Lucas Da Silva Negrao
  16. Maria Madalena Felinto Pinho
  17. Martín Pérez
  18. Natacha Colly Barros Martins
  19. Paula Karly Soares Diniz
  20. Renata Negrão Moreira
  21. Terezinha De Fátima Ribeiro Bassalo

No dia 06/05 (sábado), às 18h, Lívia Aquino participará de uma conversa com o público e com Alexandre Sequeira, Hirosuke Kitamura e Guido Couceiro Elias, no Museu da UFPA. A mediação será de Mariano Klautau Filho. O evento terá entrada franca.

[ENCERRADO] Abertas as inscrições para oficina com Lívia Aquino

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Simultaneamente à abertura das mostras, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizará uma intensa programação formativa que começará com a oficina “Fotografar a Fotografia”, ministrada pela fotógrafa e pesquisadora no campo da imagem, Lívia Aquino. A programação ocorrerá nos dias 05 e 08 de maio, das 09 às 13h, no Auditório do Sistema Integrado de Museus (SIM). As inscrições, que são gratuitas, serão realizadas de 22 a 28 de abril, via ficha de inscrição disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. O público-alvo são os fotógrafos, artistas, mediadores e educadores da área visual. As vagas são limitadas.

Robert Smithson – Um passeio pelos monumentos de Passaic

A oficina será voltada para a pesquisa e reflexões teóricas sobre a imagem fotográfica. Lívia Aquino usará como pontos de partida para os debates dois textos. “Um passeio pelos monumentos de Passaic”, do artista Robert Smithson, será um deles, pois relata a experiência deste ao vagar pela cidade americana onde nasceu, identificando marcos nesse deslocamento para tratá-los como monumentos. Ao observar o brilho do sol sobre uma ponte, Robert reconhece outras tantas imagens como aquela, já vistas anteriormente, escrevendo em seu relato que fazer uma fotografia daquilo seria como “fotografar uma fotografia”.

O escritor Italo Calvino também terá o seu conto a “Aventura de um Fotógrafo” discutido com os participantes. O texto relata a vida de Antonino, personagem que vivencia uma transformação ao ser atraído a virar fotógrafo e passa a questionar o poder dessas imagens em sua vida. Antonino torna-se imanente a um processo que o leva a uma encruzilhada: ou passa a viver fotograficamente, ou passa a considerar fotografáveis todos os momentos da vida. Crítico de si, ele avalia que “fotografar a fotografia” seria o único caminho possível para algo que se tornara essencial à sua existência.

Segundo Lívia, “’Fotografar a fotografia’ sugere, nos dois casos, uma estreita relação com a história das imagens, tanto no relato do artista quanto no do personagem da ficção. Assim, com base nessa introdução, a oficina visa refletir sobre essa expressão que se desdobra em distintos trabalhos de artistas a partir dos anos 1960, apontando seu caráter crítico e estruturante que ainda reverbera na atualidade. Investigar diferentes estratégias artísticas cujas pesquisas esbarram no sentido dessa afirmação como procedimento é o objetivo proposto”, explicou.

A ARTISTA

Lívia Aquino (CE) vive e trabalha em São Paulo. É pesquisadora do campo das artes visuais, professora e artista. Doutora em Artes Visuais e Mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente é coordenadora da pós-graduação em Fotografia e professora da pós-graduação em Práticas Artísticas Contemporâneas e do Tecnólogo em Produção Cultural da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Em 2015 foi contemplada com o Prêmio Funarte Marc Ferrez e com o Proac Livro de Artista. Participou de exposições na Oficina Cultural Oswald de Andrade, no Centro Cultural São Paulo, no Instituto Tomie Ohtake, na Fototeca de Cuba, no Festival PHotoEspaña. É editora do blog Dobras Visuais.

AS EXPOSIÇÕES DO DIÁRIO CONTEMPORÂNEO

A 8ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia se volta para o gênero do retrato, suas poéticas e seus lugares. As mostras têm abertura marcada para o dia 04 de maio, às 19h, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e 06 de maio, às 10h, no Museu da UFPA. A entrada é franca.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo abre inscrições para oficina com Lívia Aquino. As inscrições são feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br até 28 de abril. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Museu da Universidade Federal do Pará, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e apoio da Sol Informática. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Oficina de fotojornalismo com Eugênio Sávio destacou os desafios da profissão

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Por: Debb Cabral

O mineiro Eugênio Sávio trabalha com fotografia há mais de 25 anos. Como fotojornalista, colaborou com diversas publicações, jornais, revistas e agências internacionais. Fez também a cobertura das Olimpíadas de Pequim, 2008 e de cinco Copas do Mundo de Futebol. E foi a partir de toda essa experiência que ele realizou no período de 19 a 21 de maio, através da programação formativa da 7ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, a oficina “Fotojornalismo em tempos de transformação” visando debater os novos dilemas da profissão.

Belém, Pará, Brasil. Arte. Fotojornalismo em tempos de transformação – Com Eugênio Sávio. Da esquerda para a direita: Simone Machado; Haydee Marinho; Karina Martins; Walace de Oliveira; Glaucio Lima; Nailana Thiely; Wagner Almeida; Ana Paula Rodrigues; Barbara Freire; Ursula Tavares; Eugênio Sávio; Márcia Pontes; Wagner Santana. 21/05/2016.
Foto: Irene Almeida.

“Esse mercado onde eu vivi muitos anos está mudando e eu tive que mudar um pouco também e procurar outros perfis de trabalho”, comentou Eugênio. A transição do analógico para o digital, o universo das agências e dos bancos de imagens, bem como a ética de trabalho instigaram os participantes que trouxeram dúvidas a respeito de que caminhos a profissão está tomando.

A participação do leitor é cada vez mais comum nos grandes veículos de comunicação. Ele envia para a redação do jornal as imagens tiradas com o celular instantaneamente. Esse assunto inquietou Barbara Freire, participante da oficina, “o amador faz uma imagem, não com a mesma técnica, mas ele manda uma imagem que ocupa um espaço no jornal”, ressaltou ela enquanto Eugênio mostrava que isso de maneira alguma tira do jornal a responsabilidade de conferir a veracidade daquela situação, daí a necessidade de um profissional como o fotojornalista.

Belém, Pará, Brasil. Arte. Fotojornalismo em tempos de transformação – Com Eugênio Sávio. Ana Paula Rodrigues e Eugênio Sávio. 21/05/2016.
Foto: Irene Almeida

Ter iniciativa e sugerir projetos. O fotografo destacou que é importante para o fotojornalista ter atitude e fotografar bastante. Assim ele propôs aos participantes uma atividade prática, com saída de campo em busca de um personagem para compartilhar sua história através das fotografias.

O resultado pode ser conferido na forma de imagens e depoimentos:

Diário Contemporâneo abre inscrições para oficina de autorretrato com Walda Marques

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Por: Debb Cabral

Em 2013, o Dicionário Oxford adicionou um novo verbete e o escolheu como palavra do ano: selfie. Essa “fotografia que a pessoa tira dela mesma, tipicamente com um smartphone ou webcam, carregada em um site de mídia social”, será debatida na oficina “Self-me”, de autorretrato com a fotógrafa paraense Walda Marques. A ação formativa ocorrerá no período de 15 a 17 de junho, das 15 às 18h e no dia 18, das 10 às 13h, no Museu da UFPA. Não existe um público-alvo, a oficina é aberta a todos os interessados em se descobrir. As inscrições, que são gratuitas, seguem abertas até dia 10 de junho e serão feitas via ficha de inscrição disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. As vagas são limitadas.

Românticos de Cuba. Foto: Walda Marques
Românticos de Cuba. Foto: Walda Marques

Selfie tem origem no termo self-portrait, que significa autorretrato. Fotógrafos consagrados como Nadar e Cindy Sherman já praticavam esse tipo de fotografia que tem muito a ver com a descoberta de si mesmo, além da expressão do próprio corpo. Nos dias de hoje as câmeras estão acopladas a outros dispositivos, como celulares e tablets, e acompanha de perto a vida do indivíduo que a compartilha esta em suas redes sociais. Aqui, o antes experimento pessoal, se tornou um fenômeno global.

Segundo a artista “a oficina irá trabalhar o instante em que o indivíduo se olha. Que para pra se ver em um personagem. É transformar essa imagem em uma outra, no seu momento interior. Usar a fotografia pra ter esse resultado. Quem sou eu? É se enxergar de outra maneira. É o espelho interior, aquele que fala contigo quando estás na frente dele. É a amizade que fazes com um desconhecido tão próximo que és tu mesmo”.

A ARTISTA

Walda Marques vive em Belém. Iniciou em 1989, nas oficinas de Miguel Chikaoka na Associação FotoAtiva. Seu trabalho mistura linguagens da fotonovela, performance e instalação. Participou das exposições “Manobras Radicais” – Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo” (2006); “Cartografias Contemporâneas – Fotoativa Pará” – Sesc-São Paulo (2009); Pororoca no Mar – Museu de Arte do Rio (2014); A Arte da Lembrança – Itaú Cultural, São Paulo (2015) entre outras. Realizou diversas individuais, entre as quais Maria tira a máscara que eu quero te ver (1994) Era uma vez caixa de fósforo (1996), Românticos de Cuba (2013), como artista convidada do IV Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e A Cidade em Silêncio, em Belém. Tem quatro publicações de artista, entre elas, as fotonovelas O Homem do Central Hotel e A Iludida. Possui obras nos acervos do Museu Histórico do Pará, Coleção Pirelli-Masp do Museu de Arte de São Paulo e MAR- Museu de Arte do Rio – RJ.

EXPOSIÇÕES DO DIÁRIO CONTEMPORÂNEO

A sétima edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é dedicada especialmente à constituição oficial da Coleção de Fotografias do Projeto, exibida no Museu da UFPA e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas até 19 de junho, contando com 46 trabalhos todas as regiões do país. Também faz parte da programação desta edição a exposição “Belém: ressacas, heranças”, que reúne trabalhos de oito artistas atuantes em Belém, os quais apresentam um olhar mais crítico em relação à cidade.

SERVIÇO: Diário Contemporâneo abre inscrições para oficina de autorretrato com Walda Marques. As inscrições são feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br até 10 de junho. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002, 98367-2468, premiodiario@gmail.com e contato@diariocontemporaneo.com.br.