RETROSPECTIVA – 2018: Realidades e representações

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizou em 2018 a sua 9ª edição. “Realidades da Imagem, Histórias da Representação”, temática escolhida, teve como objetivo selecionar e premiar obras que propusessem uma reflexão ampla sobre a prática social por meio da arte e o fazer artístico como expressão histórica.

Toda produção artística está ligada ao seu tempo e aos seus autores, sendo assim uma expressão histórica desde já. Por mais que a fotografia tenha alcançado o patamar de arte, abraçando a ficção, ela nunca deixou de ter relação com o mundo real. O que mudou foi a forma de se relacionar. O que antes tinha a obrigação de ser a cópia fiel da realidade, hoje se apresenta como um recorte dela, um olhar, uma possibilidade sensível que convida para ao diálogo.

Os artistas narram o mundo em que vivem. Ao acolher as diversas ideias, grupos e debates, o projeto reforçou a potência da arte em resistir e de se fazer presente no que estar por vir.

Terrane, de Ana Lira, artista selecionada

O JÚRI

Rosely Nakagawa, arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP/SP, integrou a comissão de seleção. Ela tem especialização em Museologia (USP) e em Semiótica da Comunicação (PUC/SP), além de atuar como curadora independente. Rosely inaugurou a programação da 9ª edição do com a conversa “Trajetória da curadoria de fotografia brasileira”, na qual falou sobre seu trabalho com os artistas da fotografia e sobre a valorização da atividade curatorial como um campo de reflexão sobre arte.  Ela ainda realizou o workshop “O livro como território de criação”.

Walda Marques também fez a seleção dos trabalhos. Ela iniciou na fotografia em 1989, nas oficinas de Miguel Chikaoka, trabalhou com maquiagem para teatro e televisão e, em 1992, fundou o estúdio W.O. Fotografia, em parceria com Octavio Cardoso. Walda foi a artista convidada da 4ª edição do projeto.

A mestre e doutora em Artes Visuais pelo PPGAVI do Instituto de Artes da UFRGS, com pesquisas sobre arquivos fotográficos e compartilhamentos de imagens via web, Flavya Mutran, finalizou a banca.

ARTISTA CONVIDADA

Flavya Mutran, que atualmente é professora do Departamento de Design e Expressão Gráfica na Escola de Arquitetura da UFRGS, em Porto Alegre (RS), onde vive desde 2009, foi a artista convidada da 9ª edição.

Redes, tecnologia, globalização. A internet se tornou uma grande enciclopédia virtual e a artista mergulhou nela em pesquisas que tem como foco desde a figura humana até o “apagamento” desta. Flavya apresentou trabalhos conhecidos como EGOSHOT, BIOSHOT e DELETE.use reunidos na mostra “Lapso”.  Além disso, o público pôde conhecer mais sobre os seus processos em uma conversar realizada no Museu da UFPA.

Dá série DELETE.use. Foto: Flavya Mutran

PREMIADOS E SELECIONADOS

Pelo segundo ano consecutivo o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia apostou na residência artística. Dois dos seus três prêmios foram concedidos neste formato.

O paraense Ionaldo Rodrigues conquistou o Prêmio Residência Artística São Paulo com a sua pesquisa “C Nova Feira”. Ele propôs uma instalação com fotografias que registram uma feira na Cidade Nova fotografada por alguém a serviço da Companhia de Habitação do Estado (COHAB). Memória, patrimônio, esquecimento e política foram trabalhadas em suas poéticas.

O paulista Ricardo Ribeiro levou o Prêmio Residência Artística Belém. Seu trabalho vencedor, “Puxirum”, é um projeto iniciado em 2016 e tem lugar em São Pedro, uma comunidade de 120 famílias nas margens do rio Arapiuns, oeste do Pará. Suas imagens proporcionaram uma sensação de vida em suspensão, por acontecer. Uma exploração deste tempo e espaço tão frequentemente habitados pelo ribeirinho e tão fugaz para a maioria dos demais.

O artista plástico paulista Edu Marin Kessedjian teve a sua instalação áudio-fotográfica “Abrigo” contemplada com o Prêmio Diário Contemporâneo. O trabalho faz referência à vida que acontece nos hotéis de alta rotatividade do ‘centro novo’ de São Paulo. São espaços baratos, no geral ocupados apenas por algumas horas, pelos motivos mais variados.

Foram selecionados ainda Ana Lira (PE), André Penteado (SP), Camila Falcão (SP), Élcio Miazaki (SP), Emídio Contente (PA), Fernando Schmitt (RS), Fernando de Tacca (SP), Gabriela Lima (RJ), Ivan Padovani (SP), João Castilho (MG), João Paulo Racy (RJ), José Diniz (RJ), Marcelo Kalif (PA), Marcílio Caldas Costa (PA), Marco Antonio Filho (RS), Maurício Igor (PA), Natasha Ganme (SP), Paulo Baraldi (SP), Pedro Clash (SP), Roberto Setton (SP), Sérgio Carvalho (PI), Thiéle Elissa (RS) e Tiago Coelho (RS). A convite da curadoria do projeto os artistas Armando Sobral (PA), Brenda Brito (PA), Lívia Aquino (CE) e Renata Aguiar (AM) também exibiram seus trabalhos no museu.

Na abertura da exposição também foi lançado o catálogo da coleção de fotografias do projeto.

VIDEOARTE

A novidade da edição foi a mostra de videoarte “Audiovisual Sem Destino”, projeto da artista e professora Elaine Tedesco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dentro da exposição ainda houve a sessão “Ao lado dela, do lado de lá”, trazendo vídeos contemporâneos de mulheres artistas. A oportunidade de circulação trazida pelo Diário Contemporâneo permitiu a difusão das obras dos artistas e favoreceu o ambiente de reflexão sobre o vídeo.

Elaine também participou de uma conversa com o público de Belém. Em “Audiovisual Sem Destino – um projeto de vídeo no Brasil” ela falou sobre a estruturação do edital nacional que busca mapear o que se está pensando e produzindo em videoarte no país.

A saga do Herói (2016), de Lívia Pasqualli, que integra a mostra AVSD

 

AÇÕES

Intitulada “Tempo para duvidar: por uma formação de espíritos livres”, a ação educativa da 9ª edição teve a coordenação de Rodrigo Correia. Ele convidou a fotógrafa e pesquisadora, Cinthya Marques, para realizar a curadoria educativa do projeto e o minicurso de formação de mediadores.

Em parceria com a Associação Fotoativa e o Projeto Aparelho, o projeto realizou a oficina “Um convite para [o] olhar”, com as crianças do Porto. Pelas ruas do entorno elas foram fotografando o que mais gostavam no lugar onde vivem. Duas saídas fotográficas foram realizadas, além de uma exibição particular do que foi produzido. O resultado foi compartilhado com o público em uma exposição dentro do mercado integrando o Projeto Circular Campina Cidade-Velha

Os artistas premiados na edição com as residências artísticas, Ionaldo Rodrigues e Ricardo Ribeiro, além de Lívia Aquino e Marisa Mokarzel, suas respectivas tutoras, participaram de uma conversa com o público de Belém sobre todo o processo.

A fotógrafa e artista visual pernambucana, Ana Lira, foi uma das selecionadas e, a convite do projeto, ministrou uma oficina para o público de Belém. “Entre-frestas” promoveu uma reflexão sobre os circuitos de criação, pensando no cotidiano como espaço de construção permanente. Ana também realizou a roda de conversa “Narrativas em presentificação: um diálogo com o projeto Terrane”, na qual contou sobre seu trabalho e história de vida, situando o público em seus percursos artísticos e pessoais que são constantemente entrelaçados.

A fotografia é uma ferramenta para evidenciar situações sociais e trazer questionamentos sobre a complexidade do contexto vivido. Foi com esse pensamento que o projeto convidou o professor Leandro Lage para debater “Imagem, Política e a Sobrevivência do Desejo”.

INSPIRAÇÃO

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia inspirou pelo segundo ano consecutivo os estudantes da Escola de Ensino Médio e Fundamental Cornélio de Barros, do bairro da Marambaia, a contarem suas próprias histórias através da fotografia.

A 2ª Mostra Fotográfica “Retratos em Preto e Branco” contou com a participação de 70 estudantes do 1º ano do ensino médio e do 9º ano do ensino fundamental, dos quais 30 foram selecionados para expor no Teatro Estação Gasômetro. A iniciativa veio a partir de uma proposição do professor de artes José Carlos Silveira depois das visitas às exposições do Diário Contemporâneo.

O PROJETO

Em 2019, o Diário Contemporâneo comemora uma década de atuação. Ele se tornou um dos grandes editais de competição do país, além de consolidar o Pará como um espaço de criação e reflexão em artes.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.

RETROSPECTIVA – 2017: O olhar para o retrato

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O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizou em 2017 a sua 8ª edição. Depois de voltar-se para a Coleção de Fotografias no ano anterior, o projeto retornou ao formato de edital. “Poéticas e lugares do retrato”, temática escolhida, teve como objetivo destacar obras que propusessem um diálogo com as práticas e poéticas do retrato, desde a sua configuração tradicional até as experiências e representações que pudessem expandir os seus lugares e significados enquanto ação artística.

A grande novidade da edição foram os dois prêmios no formato de intercâmbio. Um artista de Belém fez residência artística em São Paulo e um artista de fora da capital paraense fez em Belém.

“Doce Obsessão Vol. 2”, de Hirosuke Kitamura

O JURÍ

A comissão foi formada por Alexandre Sequeira, mestre em Arte e Tecnologia pela UFMG, doutorando em Arte pela mesma instituição e professor na Faculdade de Artes Visuais da UFPA.

Camila Fialho, pesquisadora independente em Artes, também integrou o júri. Ela, que é a presidente da gestão atual da Associação Fotoativa, é formada em Letras e mestre em Literatura Francesa, além de ter especialização em Práticas Curatoriais e Gestão Cultural.

Isabel Amado, curadora e especialista em conservação, foi o terceiro nome escolhido. Desde 2000 ela dirige a empresa Anima Montagens, especializada na organização e na manutenção de arquivos e acervos de fotografia. É sócia da Galeria da Gávea, especializada em fotografia brasileira contemporânea, e mantêm um escritório em São Paulo especializado em fotografias vintage. Isabel abriu a programação formativa do projeto com a fala “Fotografia e o Circuito da Arte: entre o museu e a galeria”.

ARTISTA CONVIDADO

Geraldo Ramos exibiu no Museu da UFPA um novo olhar sobre a sua produção que documenta a região amazônica. O recorte inédito apresentou fotografias produzidas em película, preto e branco, cromo e digital. “Interiores” foi o nome da mostra que se destacou como uma incursão por décadas de paisagens, pessoas, ritos, florestas e cultura popular.

O título partiu de uma característica muito forte no trabalho de Geraldo que é o mergulho, muitas vezes intimista, na visualidade do interior do estado. O jornalista com formação em artes visuais, ainda realizou um bate-papo sobre sua trajetória, processos e apresentou ao público alguns dos trabalhos quem vem desenvolvendo.

 

Painéis em Cametá. Foto: Geraldo Ramos

PREMIADOS E SELECIONADOS

João Urban ganhou na categoria “Prêmio Diário Contemporâneo” com o ensaio “Tu i Tam, poloneses aqui e lá”, sobre imigrantes poloneses no Paraná e que busca semelhanças na Polônia. As imagens exibidas tiveram a característica de apresentar os mesmos personagens fotografados com até 24 anos de diferença, entre 1980 e 2004. João realizou ainda a conversa “A presença do retrato na fotografia documentária”, em que apresentou mais detalhes do trabalho premiado.

Hirosuke Kitamura, que levou o “Prêmio Residência Artística em Belém”, apresentou dois vídeos. “Doce Obsessão Vol.1” veio de uma vivência em Guaicurus, bairro de grande prostituição em Belo Horizonte e “Doce Obsessão Vol.2”, que mostrou um pedaço da vida de uma personagem transexual da mesma região.

Guido Couceiro Elias era calouro do curso de Artes Visuais da UFPA quando ganhou o “Prêmio Residência Artística em São Paulo”, mostrando que a sensibilidade artística é algo que está presente desde jovem. Sua série fotográfica, “Vivaz”, veio de um desejo particular de registrar a própria família, focando em seus integrantes mais idosos e nas relações destes que convivem juntos há mais de um século.

A “Conversa com os Residentes”, da qual participaram Hirosuke e Guido, além de seus respectivos tutores, Alexandre Sequeira e Lívia Aquino, foi o momento em que eles puderam dialogar com o público sobre as experiências, deslocamentos e percepções.

Os artista selecionados na edição foram Alex Oliveira (MG), André Penteado (SP), A C Junior (RJ), Emanoela Neves (PA), Filipe Barrocas (SP), Francisco Pereira (MG), Gui Mohallem (MG), Gringo ColetivoGui Christ e Gabi Di Bella (SP), Hans Georg (RJ), Isabel Santana Terron (SP), Janaina Wagner (SP), Juliana Jacyntho (SP), Keyla Sobral (PA), Leticia Ranzani (SP), Marcelo Costa (SP), Mirian Guimarães (SP), Pedro Silveira (MG), Renata Laguardia (MG), Rodrigo Linhares (SP), Sara Alves Braga (MG), Silas de Paula (CE), Victor Galvão (MG) e Viviane Gueller (RS).

Outra novidade foi a participação de Lucas Negrão, Suely Nascimento, Pedro Sampaio, Miguel Moura e Tarcisio Gabriel na mostra final do projeto na condição de participações especiais, como estímulo à produção de jovens artistas no estado do Pará.

Foto: Alex Oliveira

AÇÕES

Cinthya Marques e Rodrigo Correia coordenaram a ação educativa daquele ano, intitulada “Olhar e ser visto: práticas educativas na poética do retrato”. Este também foi o nome do minicurso que eles fizeram para a formação de mediadores.

A oficina “Fotografar a Fotografia” foi ministrada por Lívia Aquino. Voltada para a pesquisa e reflexões teóricas sobre a imagem fotográfica, a ação formativa usou como pontos de partida para os debates dois textos, um do artista Robert Smithson e outro do escritor Italo Calvino.

Filipe Barrocas lançou seu livro “O corpo neutro” acompanhado de uma leitura feita por Ruma de Albuquerque e Oneno Moraes.

 “Fora do Lugar – Oficina de Fotografia Contemporânea” foi ministrada pelo fotógrafo e artista visual, Alex Oliveira. Ela contou com aulas técnicas e práticas de fotografia, produção fotográfica e artística processual, exercício de curadoria e uma exposição fotográfica coletiva através da técnica lambe-lambe, como forma de intervenção urbana.

“O Retrato e o Tempo” foi a oficina ministrada pelo professor de artes visuais, desenhista e fotógrafo, Valério Silveira. A partir da temática da edição, a ação formativa proporcionou um diálogo sobre o retrato e suas práticas, usando a interpretação do tempo como elemento prioritário para a discussão e produção da imagem.

O projeto também realizou uma programação especial para as crianças integrando o Projeto Circular Campina-Cidade Velha, com atividades de desenho e pincel de luz.

O curso “O corpo ao limite. Fotografia, cinema e práticas extremas contemporâneas” foi ministrado pelo professor e pesquisador franco-português, Samuel de Jesus. Ele abordou a questão da fisiognomonia e o pensamento de que é possível ‘medir’, em sua época, o indivíduo em função das suas supostas características físicas.  Samuel também realizou leituras de portfólio.

A palestra “Diálogos sobre Artes Visuais e Amazônia(s)”, do professor e pesquisador John Fletcher, encerrou a programação. Ele elencou eventos, artistas e obras para propor uma compreensão sobre modos de vida e estéticas articuladas na e para as Amazônias, fazendo também um panorama da história artística de Belém.

MOSTRA ESCOLAR

O grande destaque de todos os anos é sempre o trabalho realizado junto às escolas. Quase seis mil alunos tiveram a experiência de poder se envolver com as obras da edição. Os estudantes do 1º ano da E.F.M. Profº Cornélio de Barros, do bairro da Marambaia que, na ocasião, visitavam as mostras do projeto pelo quarto ano consecutivo, ficaram inspirados no que viram. Eles realizaram suas próprias imagens com fotos de familiares e amigos, o que resultou na “I Mostra Fotográfica Retratos em Preto e Branco”, realizada na escola.

O PROJETO

Em 2019, o Diário Contemporâneo comemora uma década de atuação. Ele se tornou um dos grandes editais de competição do país, além de consolidar o Pará como um espaço de criação e reflexão em artes.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.

RETROSPECTIVA – 2016: A Coleção de Fotografias

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A edição de 2016 do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia teve como destaque a constituição oficial da Coleção de Fotografias do projeto. Não houve edital de seleção e toda a atenção foi especialmente dedicada à Coleção que veio sendo formada desde 2010.

Desde o início da sua atuação, o Diário Contemporâneo sempre buscou ser mais que um prêmio. Assim, Belém recebeu por meio da ação do projeto, uma coleção de fotografia contemporânea que está sob a guarda das duas instituições públicas parceiras: o Espaço Cultural Casa das 11 Janelas e o Museu da UFPA.

Arquitetura do Esquecimento, de Daniela de Moraes

Integram o acervo trabalhos em fotografia, vídeo, instalação e outras linguagens produzidos por 44 artistas de todas as regiões do país. São eles: Carlos Dadoorian (SP), Luiz Braga (PA), Coletivo Garapa (SP), Ilana Lichtenstein (SP), Lívia Aquino (SP), Lucas Gouvêa (PA), Daniela Alves e Rafael Adorjan (DF e RJ), Emídio Contente (PA), Wagner Almeida (PA), Marcio Marques (SP), Renan Teles (SP), Ricardo Hantzschel (SP), Alex Oliveira (BA), Diego Bresani (DF), Yukie Hori (SP), Francilins Castilho Leal (MG), Ivan Padovani (SP), Ionaldo Rodrigues (PA), Rafael D’Alò (RJ), Randolpho Lamonier (MG), Pedro Clash (SP), Daniela de Moraes (SP), Dirceu Maués (PA), Felipe Ferreira (RJ), Guy Veloso (PA), Júlia Milward (RJ), Marco A. F. (RS), Marise Maués (PA), Marcílio Costa (PA), Pedro Cunha (CE), Tom Lisboa (PR), Tuca Vieira (SP), Véronique Isabelle (Canadá), Alberto Bitar (PA), Ana Mokarzel (PA), Janduari Simões (BA), Jorane Castro (PA), Miguel Chikaoka (SP), Octavio Cardoso (PA), Roberta Carvalho (PA), Walda Marques (PA), José Diniz (RJ), Mateus Sá (PE) e Péricles Mendes (BA).

MOSTRA ESPECIAL

A mostra especial “Belém: Ressaca, Heranças” teve a cidade e seu espaço urbano como objeto de reflexão em um momento histórico, pois 2016 foi o ano em que Belém completou seus 400 anos. A proposta da curadoria aos artistas participantes foi pensar a cidade criticamente tendo como referência a estrutura física e simbólica de alguns de seus patrimônios arquitetônicos em processo de transformação. Trabalhos de Alexandre Sequeira, Ana Mokarzel, Coletivo CêsBixo, Luiz Braga, Martin Perez, Paula Sampaio, Walda Marques e Wagner Almeida integraram a exposição.

Belém, Pará, Brasil. Cidade. Palacete Faciola, Martín Pérez, UY e Cecilia Moreno, RN. Artista convidado da 7ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. 10/03/2016. Foto: Martín Pérez.
Palacete Faciola. Foto: Martín Pérez.

BIBLIOTECA

A parceria entre o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, o Museu da UFPA e Tenda de Livros, projeto da artista Fernanda Grigolin resultou no lançamento da biblioteca da Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia.

Constituída por 50 livros de quase 40 autores, ela tem como algumas das características a diversidade de produções e origens, equidade entre os gêneros, publicações independentes, livros de fotógrafos iniciantes e consagrados, além de resultados de pesquisas dentro das universidades.

Fernanda teve a oportunidade de realizar um bate-papo com o público de Belém sobre isso, na ocasião também houve o lançamento do livro Recôncavo e a distribuição do Jornal de Borda.

A artista curitibana que vive entre Campinas e São Paulo também realizou a oficina “A fotografia no livro em três ações: produzir, editar e circular”, de acompanhamento de projetos de livros com ênfase em fotografia.

DIÁRIO CONTEMPORÂNEO NAS ESCOLAS

A oficina “Experiência do Olhar”, realizada por Irene Almeida com assistência de Rodrigo José, foi realizada nas escolas da rede pública. Os alunos conheceram a Coleção Diário Contemporâneo de Fotografia e a proposta da edição, compartilharam suas ideias a partir do que viram e construíram câmera obscuras em ações que trabalharam a fotografia como fator de descoberta. As ações formativas foram realizadas na Escola Municipal Rotary, Escola E. de E. Fundamental e Médio Professor José Alves Maia e na Unidade Pedagógica São José, localizada na Ilha Grande, na parte insular do Município de Belém.

Belem, Pará, Brasil. Belém. Pincel de Luz, oficina sobre fundamentos da fotografia para crianças do ensino fundamental na Escola Rotary Foto: Janduari Simões/Diario do Pará. 14.03.2016
Foto: Janduari Simões

AÇÕES

Cinthya Marques, coordenou a ação educativa da 7ª edição. Ela realizou o minicurso “Trajetórias educativas: por um olhar em expansão” no qual norteou questões essenciais para a formação do debate sobre o tema, além da proposição de percursos educativos para as visitas em prol da sensibilização do olhar a partir das obras do acervo.

“Horizonte Reverso” foi a oficina realizada por Dirceu Maués. Nela, os integrantes tiveram acesso ao processo de criação do fotógrafo, discutindo a relação com os dispositivos tecnológicos e participando da construção das câmaras obscuras.

Um convite para investigar a si mesmo. Assim foi o workshop “Na direção do Medo”, com o artista mineiro Gui Mohallem que instigou os participantes a darem um mergulho interior em busca de suas dificuldades e medos e, por meio de uma produção imagética, se aprofundarem em direção às suas questões mais internas. Os trabalhos mais recentes de Gui também foram tema de uma conversa informal do artista com o público.

Shenyang, China. Foto: Eugênio Sávio

Na era da imagem digital, a oficina “Fotojornalismo em tempos de transformação”, com o fotógrafo mineiro Eugênio Sávio, veio debater os novos dilemas da profissão. Além disso, Eugênio realizou um bate-papo no qual falou sobre seu trabalho como fotojornalista, produtor cultural do projeto Foto em Pauta e curador do Festival de Fotografia de Tiradentes.

A última oficina ficou a cargo da fotógrafa paraense Walda Marques. “Self-me” trabalhou o autorretrato como forma de autoconhecimento e construção de narrativas sobre si.

Palestras sobre os museus e rodas de conversas com Guy Veloso, Janduari Simões, Jorane Castro, Miguel Chikaoka, Alexandre Sequeira, Veronique Isabelle, Ana Mokarzel, Walda Marques, Octavio Cardoso, Pedro Cunha, Rosangela Britto, Marisa Mokarzel, Mariano Klautau Filho, Ionaldo Rodrigues, Wagner Almeida, Jorge Eiró e Geraldo Teixeira encerraram a edição. O lançamento da publicação “Fotografia Contemporânea Amazônica – Seminário 3×3”, de Sávio Stoco, artista e pesquisador de Manaus e a palestra “Velho ou antigo?”, de Jussara Derenji, diretora do Museu da UFPA, foram destaques da programação.

O PROJETO

Em 2019, o Diário Contemporâneo comemora uma década de atuação. Ele se tornou um dos grandes editais de competição do país, além de consolidar o Pará como um espaço de criação e reflexão em artes.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.

RETROSPECTIVA – 2014: A liberdade da poética

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A cada edição, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia propunha temáticas, levantando questões especificas. Em 2014 isso mudou. A temática livre ou o não-tema foi a escolha. A abertura para que o artista levantasse suas reflexões e interrogações com a liberdade poética levou a um salto no número de inscrições: 518.

A fotografia veio então como um espaço de livre experimentação do artista no amplo território da fotografia, iniciando um novo ciclo do projeto.

Forca de Auschwitz. Foto: Michel Pinho, participante da Mostra Especial

O JÚRI

A comissão de seleção e premiação da 5ª edição foi composta por Rubens Fernandes Junior, pesquisador, curador e crítico de fotografia. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, ele é professor e diretor da Faculdade de Comunicação da FAAP-SP.

Alexandre Santos, historiador, crítico de arte e curador independente também integrou a mesa. Ele é mestre e doutor em Artes Visuais pela UFRGS e professor associado no Departamento de Artes Visuais da mesma instituição.

O terceiro integrante foi Mariano Klautau Filho, fotógrafo e pesquisador em arte e curador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Ele é doutor em Artes Visuais pela ECA-USP e professor do curso de Artes Visuais da UNAMA.

Os três ainda abriram a programação de palestras do projeto realizando, em parceria com a Associação Fotoativa, o Café Fotográfico “Fotografia: campos de expansão”. Na ocasião Alexandre Santos fez a fala “Fotografia e espreita: a noite nas imagens de Brassaï e Kohei Yoshiyuki” e Rubens Fernandes Junior, com “Ver e olhar. Olhar e imaginar”, refletiu que o ato de ver uma imagem não se encerra no contato com a fotografia. Mariano fez a mediação do encontro.

Alexandre Santos, Rubens Fernandes Junior e Mariano Klautau Filho no Café Fotográfico. Foto: Irene Almeida

ARTISTA CONVIDADO

Janduari Simões nasceu no interior da Bahia, mas seu acervo se constitui, em grande parte, com imagens sobre a cultura e o homem da Amazônia, sobretudo do Pará. Em “Cidade Invisível”, ele apresentou um questionamento sobre história, memória e patrimônio. Numa parte da exposição, em cores se viu um recorte pontual de sua sensibilidade sobre o espaço urbano e as mutações que ocorrem na arquitetura, com um olhar atento para a estrutura formal das moradias, e as semelhanças que anulam o limite entre centro e periferia.

Do outro lado, um trabalho tocante, que foi realizado final dos 70, época em que a quadra que abrigava a Fábrica Palmeira estava sendo destruída, e marcando, então, o nascimento de uma das maiores cicatrizes urbanas que Belém já produziu: o “Buraco da Palmeira”. O artista também teve a oportunidade de realizar um bate-papo com o público dentro do espaço da exposição e compartilhou mais do seu olhar sobre as mutações que ocorrem na cidade.

PREMIADOS E SELECIONADOS

Alberto Bitar (PA), Diego Bresani (DF) e Yukie Hori (SP) levaram os prêmios da edição.

Assim como Wagner Almeida, premiado na edição anterior, o paraense Alberto Bitar também tem a vivência do fotojornalismo e foi do olhar atento às rua que veio “Bank Blocks”, seu trabalho que levou o Prêmio Diário do Pará. Fachadas de bancos revestidas de tapumes como forma de se proteger dos protestos realizados nas ruas. Um questionamento sobre o vale ser protegido no capitalismo.

Vencedor do Prêmio Diário de Fotografia, Diego Bresani é fotógrafo e diretor de teatro. “Ao Lado”, sua série premiada, foi realizada nas fronteiras entre a fotografia e a encenação. Com apuro estético e de direção o artista registrou reencenações de flagrantes da vida cotidiana e de momentos na vida de pessoas desconhecidas, feitos pela janela do carro ao se deslocar pela cidade.

Yukie Hori ganhou na categoria Prêmio Diário Contemporâneo com “Dedicatórias”, uma série de cinco crônicas de três ou duas imagens, tomadas entre 2008  2013 em viagens ao Japão.

Da série “As Paisagens” de Felipe Bertarelli, selecionado em 2014

Além dos premiados, estiveram presentes na exposição as obras dos artistas selecionados Alex Oliveira (BA), Amanda Copstein (RS), Carol de Góes (RS), Daniel Moreira (MG), Fábio Del Re (RS), Felipe Bertarelli (SP), Francilins (MG),  Tom Lisboa (PR), Ionaldo Rodrigues (PA), Isabel Santana Terron (SP), Ivan Padovani (SP), Juliana Kase (SP), Juliano Menegaes Ventura (RS), Keyla Sobral (PA), Letícia Lampert (RS), Marcelo Martins de Figueiredo (MG), Marco A. F. e Eduardo Veras (RS), Marilsa Urban (PR), Marlos Bakker (SP), Nelton Pellenz (RS), Paula Huven (MG), Pedro Clash (SP), Péricles Mendes (BA), Rafael D’alò (RJ), Randolpho Lamonier (MG) e Victor Galvão (MG).

MOSTRA ESPECIAL

Pelo segundo ano, além da individual do artista convidado, o Museu da UFPA recebeu, também, uma coletiva que trouxe um recorte do que de novo está se produzindo na fotografia paraense. Veteranos e jovens fotógrafos apresentaram ao público seus mais recentes trabalhos. A mostra “Pequenas cartografias (e duas performances)” acentuou mais ainda a intenção do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia de valorizar e fomentar a cultura paraense. Participaram da exposição Marise Maués, Michel Pinho, Rodrigo José, Cinthya Marques, Marco Santos e Luciana Magno.

O workshop de Ana Mokarzel teve como público-alvo professores e educadores. Foto: Irene Almeida

AÇÕES

A fotógrafa paraense Ana Mokarzel, selecionada em 2013, abriu a programação formativa do projeto. No curso “Do visível ao invisível” ela compartilhou com os participantes noções básicas da fotografia em debates e saída fotográfica orientada.

O fotógrafo e professor de fotografia Fernando Schmitt realizou o workshop “A Fotografia no Limite do Tempo”, no qual visou a pesquisa e a prática experimental da fotografia com o objetivo de explorar suas relações com o tempo.

Adriele Silva realizou o minicurso “Olhar Vagabundo”, como parte da formação e seleção da equipe de mediadores culturais e a oficina “Olhar de Brinquedo”, com foco nos professores e educadores de diferentes disciplinas que atuam na educação básica. Além disso, o seminário “Olhos de Assombro” promoveu um debate entre o público e os mediadores sobre os assuntos apresentados nos resumos de ação destes, compartilhando o processo de trabalho da ação educativa da 5ª edição.

PALESTRA

Hoje (24), Isabel Gouvêa, que integra a comissão de seleção deste ano, realizará a palestra “Lutas criativas no campo da arte: As experiências da Bahia no Prêmio Pierre Verger e no Programa Kabum! de Arte e Tecnologia”. A programação será às 19h, no Museu da UFPA, com entrada será franca.

O PROJETO

Em 2019 o Diário Contemporâneo comemora uma década de atuação. Ele se tornou um dos grandes editais de competição do país, além de consolidar o Pará como um espaço de criação e reflexão em artes.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, parceria da Alubar e patrocínio da Vale.

A realidade e a representação no minicurso que formou a equipe da Ação Educativa

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O último final de semana foi dedicado à formação da formação da equipe de mediadores culturais do 9º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Intitulada “Tempo para duvidar: por uma formação de espíritos livres”, a ação educativa, com coordenação de Rodrigo Correia, convidou a fotógrafa e pesquisadora Cinthya Marques para realizar a curadoria educativa do projeto.

Minicurso de formação de de mediadores. Fotos: Irene Almeida

Rodrigo iniciou o encontro apresentando a trajetória do Prêmio, a temática escolhida para esta edição e destacando questões relevantes para os participantes, como estarem sempre atentos às iniciativas trazidas pelos artistas e às possibilidades de diálogo que surgem durante o processo de mediação cultural.

A ação educativa é uma conversa entre a obra, o público, o artista e o mediador.  “Deve-se sempre ter em mente que o mediador não está lá para entregar o conhecimento, mas sim para mediar esse conhecimento, essa relação do público com as obras”, ressaltou Cinthya.

Realidade e representação. Verdade universal e verdade construída. Foi adotado como tessitura entre os trabalhos a formação de espíritos livres, adaptação do conceito de Friedrich Nietzsche em sua obra “Humano, demasiado humano” (1878), onde ele afirma que “… não existem fatos eternos, assim como não existem verdades absolutas”.

Foi proposta uma dinâmica de apresentação na qual cada participante desenhou uma outra versão de si, revelando um pouco de sua realidade a partir dessa representação.

As obras que integram as mostras da 9ª edição foram apresentadas aos participantes, bem como as atividades que compõem o tabloide anual do projeto. Diversos pontos de vista e sensibilizações a partir dos trabalhos foram trazidos, já adiantando um pouco do que será a experiência da mediação, na qual se entra em contato com o olhar do outro. “Cada um de nós é um ser cheio de sonhos, de complexidades”, lembrou Cinthya. Assim, cada um os participantes, com o seu conhecimento especifico da área de estudos e vivência individual, pôde acrescentar algo no debate.

O grupo discutiu conceitos como liberdade, acesso, impacto, livre arbítrio, motivação, expressão, empatia, tolerância e intenção. Tudo isso para um trabalho de mediação guiado pelo viés da dúvida, do questionamento, do pensamento crítico e nunca do de uma verdade absoluta.

Mauricio Igor, que participa da exposição deste ano como artista selecionado, foi da equipe da ação educativa no ano passado. Ele compareceu ao segundo dia de formação e conversou com os participantes sobre o seu projeto escolhido, pesquisas atuais, além da vivência que teve como mediador na edição anterior.

A equipe formada está apta para receber os mais diversos públicos nos espaços dos museus. Professores e educadores que queiram levar suas turmas já podem, inclusive, agendar sua visita no site do projeto.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará com apoio da Vale, apoio institucional do Museu da UFPA, Museu do Estado do Pará, Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA e colaboração da Sol Informática.

[ENCERRADO] Diário Contemporâneo abre seleção para mediadores culturais

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Desde a sua primeira edição o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia tem o cuidado de formar uma equipe de educadores apta para receber os mais diversos públicos que transitam pelo espaço dos museus. São os monitores, pessoas que estão diariamente em contato com as obras e com os visitantes, que fazem com que a proposta do projeto seja disseminada de uma forma dinâmica e inteligente. Intitulada “Olhar e ser visto: práticas educativas na poética do retrato” a ação educativa deste ano abre inscrições para a seleção de mediadores, elas podem ser feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br, no período de 01 a 05 de abril.

O grupo formado irá aprofundar a discussão a respeito das “Poéticas e Lugares do Retrato”, tema desta 8ª edição. Isso se dará através da aproximação e troca, atividades colaborativas e estímulo ao pensamento crítico. Eles atenderão desde as turmas escolares de ensino fundamental e médio, passando por alunos da graduação, até o público flutuante dos museus.

Sob a coordenação de Cinthya Marques e Rodrigo Correia, a ação educativa selecionará mediadores com disponibilidade de trabalhar durante o período das exposições, que será de 04 de maio a 02 de julho. O público-alvo são alunos universitários de artes visuais, museologia, comunicação social e demais áreas afins. Após as inscrições e entrevistas presenciais, os pré-selecionados participarão de um minicurso de formação. Segundo os coordenadores, “durante o período de exposição serão propostos percursos educativos para as visitas em prol da sensibilização do olhar a partir das obras que irão compor a exposição deste ano, de modo a aproximar o público dos trabalhos dos artistas participantes”.

Após o minicurso serão selecionados os mediadores que irão atuar no projeto pelos próximos meses, lotados no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e Museu da Universidade Federal do Pará.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza em 2017 a sua 8ª edição. Trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção artística local e nacional.

CRONOGRAMA
Inscrições: de 01 a 05 de abril de 2017
Seleção/Entrevistas: 07 de abril, a partir das 13h, no escritório do Projeto e por ordem de chegada
Datas do minicurso: 22 e 23 de abril, de 09 às 12h e de 14 às 17h

SERVIÇO: Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia abre seleção para mediadores culturais. As inscrições podem ser feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br, no período de 01 a 05 de abril. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do Jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/SECULT-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará. Informações: Rua Gaspar Vianna, 773 – Reduto. Contatos: (91) 3184-9310; 98367-2468; diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

Construção e reflexão no minicurso de formação de mediadores

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Por: Debb Cabral

Um final de semana inteiro foi dedicado ao minicurso “Trajetórias educativas: por um olhar em expansão”, do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, destinado a formar um grupo de educadores que seja o suporte no diálogo entre as obras e o público que visita as exposições.

Cinthya Marques, coordenadora da Ação Educativa, abordou aspectos da Coleção de Fotografias proposta para esta edição e que compõem o projeto deste ano. Referências de pesquisa em fotografia e arte foram trocadas, além do material de suporte que foi dado aos participantes.

Belém, Pará, Brasil. Cidade. VII edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, realiza no SIM o mini-curso do projeto educativo "Trajetórias educativas: por um olhar em expanção" com a coordenadora Cinthya Marques. 12/03/2016. Foto: Irene Almeida.
Foto: Irene Almeida

Com o apoio do texto “Cotidiano, Colecionismo, Arte e Museu” de Afonso Medeiros, ela debateu o conceito e a origem da ideia de coleção. A problematização do acervo, bem como os critérios de escolhas de obras de arte também tiveram espaço no minicurso, mas o foco principal era o acesso democratizado. “Os museus se dedicam a conservar, resguardar e divulgar as obras de arte”, destacou a educadora.

A arte é muitas vezes vista com algo distante, restrita ao conhecimento dos iniciados. Daí que surgiu a necessidade dos mediadores, nas palavras de Afonso, “para nos guiarem por entre os labirintos das exposições, para induzirem a interlocução e reduzirem qualquer irregularidade”. O museu tem que ser visto como um espaço de encontro e não de intimidação, para isso é necessário respeitar o tempo das pessoas e deixa-las à vontade no espaço expositivo. Isso ajuda na comunicação com o público, pois ele não se sente inibido, torna-se mais participativo e começa a compartilhar suas experiências também.

Belém, Pará, Brasil. Cidade. VII edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, realiza no SIM o mini-curso do projeto educativo "Trajetórias educativas: por um olhar em expanção" com a coordenadora Cinthya Marques. 12/03/2016. Foto: Irene Almeida.
Foto: Irene Almeida

Tiago Freitas, participante do minicurso e que já atuou como mediador, observou, “nós estamos ali para facilitar o acesso das pessoas às obras, mas a gente acaba aprendendo muito e incorporando esse aprendizado a nossa mediação”. Enxergar as obras pelo seu olhar, pelo olhar do artista, pelo olhar do outro, tudo isso expande a relação com a arte e exercita o respeito mútuo no contato com uma perspectiva diferente.

“A mediação é como um jogo de tensões, então a gente tenta tornar aquela experiência o mais agradável possível”, apontou o participante Rodrigo José. Isso pode ser feito através de uma contextualização que ajuda a resinificar aquela obra que parecia banal ou desinteressante à primeira vista.

COMPARTILHAMENTO

Instigar o público é o objetivo e para isso os mediadores foram colocados no lugar dele. Reflexões sobre as obras que integram a Coleção, compartilhamento de informações e dinâmicas serviram para proporcionar uma nova forma de ver a arte. Se conhecer, compartilhar sobre si e conhecer o outro, foi assim que a dinâmica “Fio da Memória” fez com que os participantes falassem sobre o que colecionavam ou já colecionaram, partilhando aquilo que era mais precioso para si. Profissionais do Sistema Integrado de Museus (SIM) também participaram da capacitação como uma forma de atualização, além encontrarem no minicurso uma oportunidade de dividir experiências e inquietações.

Cada participante sorteou um trabalho da Coleção para estudar, analisar e fazer relações entre outras obras. O resultado foi uma visão muito mais completa do acervo do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, pois esses trabalhos já foram expostos em edições passadas, mas a formação em conjunto será inédita. “É uma oportunidade de vivenciar essa experiência, de pessoas que já viram os trabalhos em outros anos e que agora vão ver de novo. A pessoas mudam e os trabalhos também mudam. É preciso ter um olhar mais sensível em relação a isso”, finalizou Cinthya.

A partir desse minicurso será formada a equipe que trabalhará na ação educativa dessa edição. Eles ficarão à disposição para dar suporte ao público visitante e terão a dedicação reforçada na visitação escolar, com dinâmicas e o subsidio pedagógico do tabloide, colocando os alunos como protagonistas do processo de reflexão artística.

Selecionados para o minicurso de formação para mediadores

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Por: Debb Cabral

A convocatória para atuar na mediação do VII Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia foi um sucesso. Mais de 90 candidatos se inscreveram. São profissionais, alunos e pessoas interessadas em ajudar, através do diálogo com as obras da Coleção de Fotografias, a propiciar um ambiente favorável para a formação do olhar e uma reflexão entre a arte e o mundo.

Educadores em ação durante a visitação escolar em 2013. Foto: Irene Almeida
Educadores em ação durante a visitação escolar de 2013. Foto: Irene Almeida

O processo seguiu diversas etapas: uma seleção foi realizada, seguida de entrevistas com os interessados. Assim foram selecionados os 18 candidatos que participarão do minicurso “Trajetórias Educativas: por um olhar em expansão”.

São eles:

  • Ana Carolina Reis Farias
  • André Luis Lima Parente
  • Andreia Souza da Silva
  • Andresa Carvalho Lopes Pires
  • Dairilani Paixão de Souza
  • Eliana Benassuly Bogéa
  • Felipe Samir Tavares Damasceno
  • Gisele Rodrigues Guedes
  • Inia Bernadete Pantoja Costa
  • Juliana Dos Santos Martins
  • Lucas da Silva Negrão
  • Maria Ceci Leal Bandeira
  • Paloma Silva da Costa
  • Rodrigo José Castro Correia
  • Shayanne Thays Sousa Duarte
  • Tiago Antunes Freitas
  • Victoria Correa Sampaio
  • Wederson Miguel Lobato Moura

Segundo Cinthya Marques, coordenadora da Ação Educativa, no minicurso “serão abordados os aspectos da Coleção proposta para esta edição e que compõem o projeto deste ano, bem como serão discutidos textos e realizadas dinâmicas de integração do grupo para o desenvolvimento dos percursos educativos e metodológicos que serão adotados durante o período da mediação educativa”.

Desta forma, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia pretende “consolidar um grupo de educadores que facilitem o diálogo entre as obras e o público visitante da exposição, bem como capacitar estes profissionais para o mercado profissional com a entrega de certificados com carga horária de 12h para todos os participantes do minicurso”, finalizou.

 

Minicurso “Trajetórias Educativas: por um olhar em expansão”

Datas: 12 e 13 de março de 2016

Horário: de 09 às 12h e 14 às 17h (sábado) e 09 às 12h (domingo)

Local: Auditório do Museu de Arte Sacra

Diário Contemporâneo convoca mediadores culturais

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[INSCRIÇÕES ENCERRADAS]

Por: Debb Cabral

Os museus se dedicam à preservação e divulgação das diversas manifestações artísticas, mas cabe a ação educativa fazer com que esse conteúdo seja disseminado de uma forma criativa e inteligente. O primeiro suporte que o público que visita exposições artísticas encontra é o dos mediadores culturais. Os serviços educativos constituem uma grande importância dentro da democratização cultural, daí a necessidade de se estar bem preparado para receber os visitantes. Pensando nisso, o VII Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia convoca os interessados em desenvolver um trabalho de aproximação do público com as obras que integram a Coleção de fotografia contemporânea brasileira que está sendo constituída a partir do acervo do Projeto. As inscrições podem ser feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br, no período de 15 a 26 de fevereiro.

banner convocatória de mediadores
Sob a coordenação de Cinthya Marques, “Trajetórias educativas: por um olhar em expansão” selecionará mediadores com disponibilidade de trabalhar durante o período das exposições. O público-alvo são alunos universitários (artes visuais, museologia, comunicação social e demais áreas afins) e profissionais. Após as inscrições e entrevistas presenciais, os inscritos selecionados participarão do minicurso cujo objetivo, segundo Cinthya, “será nortear questões essenciais para a formação do debate sobre o tema, através de discussões voltadas para o contexto histórico, a sensibilização do ponto de vista artístico e sócio-político, tornando questionadores ao público visitante que integra o projeto”.

Após o minicurso serão selecionados os mediadores que irão atuar no projeto pelos próximos meses. Através do trabalho desses educadores, “durante o período de exposição serão propostos percursos educativos para as visitas em prol da sensibilização do olhar a partir das obras do acervo, de modo que o público conheça a Coleção constituída e observe um panorama do Prêmio enquanto espaço de discussão sobre fotografia contemporânea na região Norte”, finalizou.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realiza em 2016 a sua 7ª edição. Trata-se de um projeto nacional, que em seus anos de atuação contribuiu para a consolidação do Pará como lugar de reflexão e criação em artes, além de proporcionar o diálogo entre a produção local e nacional.

CRONOGRAMA
Inscrições: de 15 a 26 de fevereiro
Seleção/Entrevistas: 04 e 05 de março
Datas do minicurso: 12 e 13 de março, de 09 às 12h e de 14 às 17h
Local: Miniauditório do Museu de Arte Sacra

SERVIÇO: Diário Contemporâneo convoca mediadores culturais. As inscrições podem ser feitas pelo site www.diariocontemporaneo.com.br, no período de 15 a 26 de fevereiro. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio da Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002, 98367-2468, premiodiario@gmail.com e contato@diariocontemporaneo.com.br.