Diário Contemporâneo encerra 11ª edição

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Foi em um ano marcado pelo inesperado que o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia realizou a sua 11ª edição. Inauguradas em outubro, as mostras Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho, encerram as suas visitações às 14h deste domingo (20), no Museu do Estado do Pará.

Reinvenção e adaptação fizeram parte da dinâmica do projeto, assim como da vida de todos. “Conseguimos realizar o Prêmio com toda a infraestrutura que ele merece e sempre teve apesar de todas as dificuldades, o que já é uma grande vitória. Infelizmente fomos impedidos pela pandemia de realizar plenamente o trabalho de visitação das escolas, que é um dos pontos mais importantes do projeto, no qual nossa ação educativa tem feito um belo trabalho com os monitores em diálogo com os artistas para a preparação do trabalho no espaço expositivo. Quem teve a oportunidade de visitar presencialmente a exposição pôde ver o empenho e o envolvimento de nossos educadores. Os debates online e o tour virtual foram adaptações fundamentais frente à pandemia”, observou o curador do projeto, Mariano Klautau Filho.

Público observa a mostra montada no MEP com curadoria convidada de Rosely Nakagawa. Foto: Irene Almeida

As edições do Diário Contemporâneo são estruturadas com antecedência e ocorrem no primeiro semestre do ano. Com a pandemia, foi necessário um novo olhar para que ele pudesse persistir e ser realizado. “Os constantes adiamentos do cronograma do projeto nos causaram transtornos sim, mas foi necessário para que decidíssemos o momento certo de realizá-lo no contexto delicado da pandemia. A persistência é um índice de que o Diário Contemporâneo se consolida como um projeto importante de artes na pauta da cidade e do circuito nacional”, destacou.

Sobre isso, a artista convidada desta edição, Paula Sampaio, também tem um olhar atento que ressalta a importância da arte na vida das pessoas. “É interessante vivenciar uma crise, né? Um jogo de recuos e avanços, isso gera potências. Então, penso que a equipe do Prêmio, os realizadores e patrocinadores, ao assumirem o desafio que esse momento contém, demonstram uma inteligência sensível. A criação nos ajuda a manter o equilíbrio emocional, precisamos desse ‘abraço criativo’ agora, tenho certeza que está sendo muito bom para os artistas também. Num momento como esse, essa possibilidade de partilha é como voltar à tona e respirar depois de um longo mergulho no escuro”, disse.

Paula Sampaio, artista convidada desta edição, com sua publicação que saiu encartada no Jornal Diário do Pará. Foto: Irene Almeida

Medidas de segurança e saúde, mostra virtual, conversas e encontros realizados de forma online. Tudo isso nesta 11ª edição que representou o início de um novo ciclo do projeto, após uma década de atividades. Agora, o que levar de todo esse momento? “Mais importante ainda é que, apesar de tudo, iniciamos duas experiências fundamentais para a continuidade do projeto: o comitê que elaborou o programa de discussões, os convidados e as discussões que foram trazidas para dentro do debate curatorial do projeto e; também, a curadoria convidada que inauguramos a partir desta edição com outras abordagens que dinamizam a experiência conceitual do projeto. O que a gente vai levar é a continuidade das participações de outros curadores e a reflexão que nossos convidados nos debates trouxeram para processos de mudança necessários ao desenvolvimento do projeto iniciado neste 2020 tão conturbado”, finalizou Mariano.

360º da fotoinstalação de Suely Nascimento na Mostra Virtual. Foto: Divulgação.

EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Fisicamente as exposições encerram a visitação hoje, mas a Mostra Virtual permanecerá acessível no site do projeto para todos que desejarem fazer um passeio sem sair de casa. Basta acessa o link: http://www.diariocontemporaneo.com.br/tour-virtual/

SERVIÇO: Diário Contemporâneo encerra 11ª edição. Data: 20 de dezembro de 2020. Horário: 09 às 14h. Local: Museu do Estado do Pará. Endereço: Praça Dom Pedro II, s/n – Cidade Velha. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

A Elegia Visual de Zé Barreta

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Elegia Visual, trabalho de Zé Barreta, não é exatamente um ensaio é, antes de mais nada, um lamento. Editado a partir de trabalhos documentais que perpassam a cidade, não pretende constituir um tema propriamente dito, nem um local específico. Sua geografia é outra e está inscrita na imagem apenas e no diálogo possível entre elas.

O artista foi selecionado para a mostra Vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos.

Zé Barretta. Foto: Irene Almeida

Confira o seu depoimento:

A minha vivência é no fotojornalismo e no documentarismo. Eu venho fazendo trabalhos documentais há mais de 10 anos e todos com tema, lugar ou questão específica, especialmente em São Paulo, que é de onde eu sou. Para realizar esse trabalho foi feito, na verdade, um exercício de edição. Eu voltei para os arquivos, mas agora sem a preocupação de formar um tema definido e sim de ver como, ao longo desses 10 anos de documentarismo, as imagens dialogavam entre si.

Eu já venho fazendo isso desde o ano passado e quando eu veio o tema do Prêmio, achei de casava bem e fazia essa ligação. Por não ter um tema, esse meu trabalho vai para um lado, posso dizer assim, pessoal. As imagens vão falando e dando outros significados. Eu fiquei muito feliz que fui selecionado.

Essa pausa para olhar os arquivos ocorreu também agora, em 2020, mais intensamente, mas o começo do exercício veio do ano passado.

Nesse ano maluco, eu fotografei uma São Paulo vazia, algo que eu, como fotodocumentarista, nunca tinha visto na vida, mas também produzi em casa. Eu fotografei meu filho e fui mostrando um pouco dessa loucura que é ficar o tempo inteiro você e uma criança trancados dentro de casa.

Então, a questão dos arquivos só se aprofundou e tem muita coisa ainda para mergulhar.

Eu acho que, se tem um legado dessa pandemia, é entender que sim, as nossas tecnologias são muito úteis para conexão, mas nada substitui o encontro. As artes sofreram muito com esse recolhimento forçado porque as obras precisam desse encontro com o público.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

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Beto Skeff apresenta os campos de concentração do Ceará

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Nos anos de 1915 e 1932, duas secas extremas assolaram o sertão cearense provocando migrações em massa do interior em direção à abastada Fortaleza na busca pela sobrevivência. Temendo que grande contingente de famílias “invadisse” a Capital, o governo criou espaços chamados Currais do Governo, que se assemelhavam aos campos de concentração – no entanto, antes mesmo da Segunda Guerra Mundial. Beto Skeff em “Currais das Almas”, conta que lá amontoavam-se os cidadãos que as autoridades denominavam de “flagelados”. Prometendo-lhes trabalho e comida, os sertanejos eram conduzidos para os miseráveis Currais à espera do tempo melhor. Estima-se que 73.000 pessoas foram confinadas sob condições extremamente precárias, o que resultou em muitas de mortes.

O artista foi selecionado para a mostra Vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos.

Currais das Almas, de Beto Skeff, artista selecionado

Confira o seu depoimento:

Eu nasci no sertão do Ceará, numa cidadezinha muito próxima da cidade onde ficavam dois campos de concentração. Durante a minha vida toda, não ouvi relatos, não tive nenhum professor de história que nos levasse lá ou trouxesse esse tema para a gente durante os 17 anos que eu morei lá. É sério isso de apagar a história.

Aí quando foi em 2017, o Fernando Jorge, que também foi selecionado nesse ano e que tem uma pesquisa muito forte sobre a questão do apagamento, me levou para conhecer o campo de concentração de Senador Pompeu. Esse é o único campo que tem uma edificação, ela foi construída antes da chegada dessas pessoas por uma companhia inglesa sem nada a ver o assunto. Aí essa estrutura foi reaproveitada.

Hoje em dia já existe um resgate dessa história e, de uns anos para cá, essa história começou a ser recontada mais por iniciativas particulares do que por iniciativas governamentais e institucionais.

Tudo isso tem uma relação, por incrível que pareça, com o que a gente está vivendo agora. As questões do isolamento, da ‘história oficial’ e da existência de uma força governamental que esquece as pessoas estão presentes até hoje.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

Henrique Montagne e o bonde chamado desejo

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Em Um bonde chamado desejo, Henrique Montagne se apropria de fotografias de casais queer de épocas distintas e significativas do começo do século XX. 

As imagens foram achadas na internet e nelas ele cria, através do texto, uma possível narrativa ficcional, mas que poderia ser real em mundo onde as estruturas machistas e homofóbicas do patriarcado não tivessem sido instauradas. 

O artista foi selecionado para a mostra Vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos.

Henrique Montagne e Rosely Nakagawa, curadora convidada da edição. Foto: Irene Almeida

Confira o seu depoimento:

Esse trabalho é uma pesquisa que eu já venho realizando, que faz parte da minha pós e que traz a questão dos relacionamentos afetivos, principalmente os relacionamentos queers.

Dentro dessa pesquisa, falar de relacionamento é também falar de história. Eu falo dessa construção dos corpos e dos amores que foram invisibilizados por essa história que a gente possui hoje, que é patriarcal e que escondeu essas narrativas.

A intenção desse trabalho é justamente focar de uma forma mais poética mas, ao mesmo tempo, crítica e política em como poderiam ser possíveis essas histórias, narrativas e imagens na nossa contemporaneidade. Por isso que brinco com essas referências da cultura pop e da literatura.

Eu fico muito feliz dele estar no Prêmio porque é um trabalho, não somente delicado, mas que também aguça essa outra perspectiva que é a de criticar.

Não é só um sonho, poderia ser realidade. É voltar ao passado para construir um novo futuro.

O texto junto das imagens é fundamental. A composição do texto com a imagem é o que constrói esse trabalho. Ele não é só a apropriação das imagens, é a composição dessa narrativa que é visual e textual. São pequenas histórias no paspatour que convidam a pessoa a olhar mais de perto

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

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O retrato do que o corpo fala nas imagens de Karina Motoda

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“3X4”, série de Karina Motoda, é uma alusão direta às tradicionais fotografias utilizadas em documentos oficiais. No entanto, enquanto tais fotos padronizam os retratados, colocando-os na mesma posição, mostrando apenas os seus rostos e determinando a expressão que devem passar, a série parte em outro caminho. 

Ela busca propor questões de como nossas identidade e emoções podem ser expressas e o quanto as deixamos transparecer sem que sequer nos demos conta.

A artista foi selecionada para a mostra Vastas Emoções e Pensamento Imperfeitos.

Karina Motoda e Rosely Nakagawa, curadora convidada desta edição, na abertura da exposição. Foto: Irene Almeida

Confira o seu depoimento:

O trabalho surgiu de uma proposta na faculdade. Eu fazia uma disciplina que tinha fotografia analógica. Aí resolvi trabalhar com formatos pequenos e retratos. 

Quando eu vi o resultado, percebi que lembrava muito as fotos 3×4, mas eu tentava não ficar presa naquela pose padrão. Então, fazia fotos do corpo inteiro, de movimentos diferentes para mostrar que o corpo todo pode comunicar a identidade e os sentimentos da pessoa.

Associamos muito o rosto com as emoções, mas o corpo inteiro diz algo.

Eu gostei muito do nome da exposição falar de “pensamentos imperfeitos” porque eu queria trazer isso no trabalho. Por exemplo, se a fotografia é 3×4, nós somos obrigados a ficar sérios enquanto nos outros retratos sempre buscamos mostrar o nosso melhor lado e a nossa felicidade.

Nós temos sentimentos e colocamos valores neles, mas não existe certo e errado.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

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Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento

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O 11º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia encerra o seu ciclo de debates com Paula Sampaio, artista convidada desta edição. A conversa “O Lago do Esquecimento e os esquecimentos” ocorre neste sábado (19), às 17:30h, e contará com a mediação de Mariano Klautau Filho e Alberto César Araújo, fotógrafo e pesquisador amazonense, mediador especialmente convidado para acompanhar o curador do projeto no debate. O encontro terá a transmissão ao vivo pelo canal do YouTube do Diário Contemporâneo.

Na ocasião, “a fotógrafa conversará sobre o conjunto de trabalhos que constituem a sua exposição individual “O Lago do Esquecimento”, realizada especialmente para a 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, assim como sobre seu trabalho fotográfico desenvolvido desde os anos 1980 sobre as grandes estradas que cortam a Amazônia e as populações e cidades que foram se formando no traçado dessas rodovias. Serão tratados também temas como a preservação e a difusão das imagens contemporâneas da região e seus acervos e arquivos”, explicou Mariano Klautau Filho, curador do projeto e da exposição da artista convidada.

Paula Sampaio. Foto: Miguel Chikaoka

FINITUDE E FRAGILIDADE

O Lago do Esquecimento é um projeto que traz a denúncia e a reflexão sobre os impactos que o “desenvolvimento” traz na vida das pessoas. Uma comunidade existia com suas histórias, vivências e sonhos onde hoje é o lago sem vida da hidrelétrica de Tucuruí. Lançado no formato de livro 2013, o Lago continua a reverberar até hoje.

“Estamos vivendo um momento único da humanidade, fomos todos profundamente afetados por essa pandemia que nos levou a rever nossas formas de vida. E esse trabalho fala da finitude e fragilidade dessa vida terrena para todos os seres e também dos novos começos que surgem diante das ‘mortes’ e esquecimentos que nos atravessam cotidianamente, questões que estão pairando sobre nós e também estão presentes nessa edição do Prêmio. Nesse sentido, no texto que apresenta esse trabalho escrito por Mariano Klautau Filho existe uma indagação muito instigante e pertinente, a partir de tudo que vemos e sentimos, ele lança a pergunta, afinal ‘o mundo ainda é bonito?”, refletiu a artista.

Sobre ter o ensaio de Paula Sampaio nesta edição, o curador observou que é de “toda a importância por no mínimo três razões: mostra a dimensão formal trágica que tem o trabalho da Paula, a contundência com que ela tratou o episódio do Lago de Tucuruí como uma floresta fossilizada e, em especial, a urgência do tema quando a Amazônia e as florestas brasileiras têm sido tratadas com um plano de destruição pelo atual governo federal”.

Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio observam a publicação da artista que saiu encartada no Jornal Diário do Pará. Foto: Irene Almeida

Na exposição, as imagens estão presentes em mais de um formato. Além das fotografias também existem carta, mapa, projeção e um encarte especial preparado pela artista. Tudo isso gera novas ideias e reflexões. “Está sendo muito bom para mim ver essa edição das fotografias do Lago se relacionando com os outros trabalhos que são desdobramentos (Árvore) ou estão na origem desse projeto (Antônios e Cândidas). Fiquei especialmente feliz com a impressão e veiculação encartada no Jornal Diário do Pará do caderno ‘Antônios e Cândidas têm sonhos de sorte’. Ver as pessoas que fotografei e que me contaram suas histórias de vida ocupando esse espaço era um sonho da fotojornalista que sempre fui. Essa ideia materializada, por exemplo, já está gerando outros desdobramentos”, contou Paula.

A exposição que está montada no Museu do Estado do Pará é resultado de um processo de muito diálogo e colaboração. “É a primeira vez que a fotógrafa reúne um conjunto expressivo do material do lago de Tucuruí em uma exposição. Creio que o trabalho merecia ser exibido em um espaço como o MEP. Estou muito contente com o resultado”, disse o curador.

Mariano ainda acrescentou que “o encarte era um sonho antigo da Paula. Fiquei muito contente em contribuir com a realização desta peça, porque o suporte do encarte jornalístico é um meio que ela conhece muito por ter trabalhado no fotojornalismo impresso. Além de reunir uma somatória de suas experiências com os relatos dos moradores das várias regiões que ela fotografou ao longo das décadas, se transformou em sua primeira publicação de artista que foi para as bancas encartada em um jornal diário. Isso tem uma força e coerência muito importantes do ponto de vista conceitual do trabalho da Paula. A projeção também se revela como abrangência do seu trabalho documental já que se trata de um dos vídeos que performam um ato político, uma espécie de ação artística na paisagem do lago. São processos que já fazem parte do trabalho e que ganharam destaque nesta exposição”, finalizou.

O Lago do Esquecimento, de Paula Sampaio, artista convidada nesta edição.

BIOGRAFIAS

Paula Sampaio nasceu em Belo Horizonte e migrou para a Amazônia ainda criança com a família. Formou-se em Jornalismo pela UFPA e atuou como fotojornalista por muitos anos. Ocupação, colonização da região, memórias orais e patrimônio imaterial são alguns dos temas recorrentes em seu trabalho. Suas séries são reflexões sobre a natureza e a fragilidade dos seres. Atualmente é responsável pelo Núcleo de Fotografia do Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso e continua desenvolvendo seus projetos. No momento, dedica-se a organizar seu arquivo pessoal.

Alberto César Araújo é graduado em Comunicação Social pelo Centro Universitário do Norte, Uninorte-Laureate e mestre pelo Programa de Pós-graduação de Letras e Artes, Universidade do Estado do Amazonas, UEA. Repórter fotográfico desde 1991, atuando em veículos de imprensa nacional e internacional. É editor de Fotografia da agência de jornalismo independente Amazônia Real, é também um dos ”nominators” do Programa 6X6 Global Talent da Fundação World Press Photo.

ÚLTIMOS DIAS DE VISITAÇÃO

As mostras Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho, seguem abertas ao público até 20 de dezembro, no Museu do Estado do Pará. A visitação presencial que deve ser agendada pelo site www.diariocontemporaneo.com.br.

SERVIÇO: Paula Sampaio conversa com o público sobre O Lago do Esquecimento. Data: 19 de dezembro de 2020. Horário: 17:30h. Local: canal do YouTube do projeto. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE. Informações: (91) 98367-2400,  diariocontemporaneodfotografia@gmail.com e www.diariocontemporaneo.com.br.

As flores da casa de Anna Ortega

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A casa, para Anna Ortega, artista que levou o Prêmio Residência Artística Belém, sempre foi um ambiente de acolhida. Não há casa sem flores é um projeto ainda em andamento no qual ela mergulha neste lugar simbólico. 

A artista fará a residência artística em Belém com a orientação de Alexandre Sequeira em 2021.

Anna Ortega. Foto: Divulgação.

Confira o seu depoimento:

Eu sou uma mulher criada por mulheres. Fui criada pela minha mãe, minha avó e pela minha tia. Quando eu nasci, a minha primeira noite no mundo foi com a minha avó, dormindo nos braços dela. A minha casa sempre foi uma casa de mulheres.

Aos poucos eu fui me interessando pela fotografia, pelo vídeo, pela imagem e pela expressão. Eu sempre me interessei pelo cotidiano e pelo que era ordinário, o que era miúdo.

Ano passado, em 2019, eu comecei esse trabalho que se chama “Não há casa sem flores”. O título vem de um hábito que nós temos, herdado da minha avó, que é o de sempre cultivar flores em casa e sempre ter um vaso com flores.

Desde o ano passado eu venho documentando essa minha casa e as mulheres dela a partir de retratos. A princípio, era um trabalho estritamente fotográfico documental da casa, do cotidiano, do nosso elo. 

Nós somos muito juntas e isso é uma coisa que vem atravessando o trabalho. Nós temos um corpo nosso comum que é de muito amor e muito afeto. Esse cuidado e esse carinho que me levaram a querer entender as imagens que isso podia trazer.

O que apareceu aos poucos no processo foi o interesse em trazer o vídeo também para o trabalho. O vídeo que está na exposição deste ano do Diário Contemporâneo é uma reunião de vários vídeos que fiz no ano passado, nos quais eu sento à mesa e começo a gravar da perspectiva das flores do vaso que fica sempre nela.

Eu observo e ouço essas conversas, além de estar presente conversando. 

Foi uma forma diferente que eu encontrei para além do retrato da fotografia, mas que não deixa de ser um retrato também. É uma forma diferente de retratar, fazendo isso ao compartilhar um momento. Meu interesse foi o de entender esse cotidiano, além de ouvir e ver os gestos dele.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

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A riqueza do candomblé nas imagens de Arthur Seabra

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Em Sob a luz dos candeeiros: movimentos do sagrado, Arthur Seabrafotógrafo paraense residente em Salvador, conta que os candeeiros precisaram ser utilizados em virtude da falta de energia elétrica ocasionada pela queda de um poste. Um cenário ancestral foi recriado pelo “acaso”, parecido com aqueles do século XIX e início do XX no Brasil, quando o povo preto em diáspora praticava o culto a orixá sob essas mesmas luzes, os mesmos cânticos, danças e instrumentos musicais. Arthur Seabra foi selecionado para a mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.

Arthur Seabra e seu trabalho selecionado durante a montagem. Foto: Irene Almeida.

Confira o depoimento do artista:

Eu fotografo candomblé há um tempo já, desde 2015. A minha relação enquanto fotógrafo documentarista era, inicialmente, como pesquisador e depois com o passar dos anos eu entrei no mundo do candomblé e me tornei um adepto.

A minha relação com as pessoas desse ensaio, especificamente, é muito próxima porque eles são componentes do candomblé que eu frequento. É uma relação de confiança e respeito.

Eu curso antropologia então, de alguma maneira, eu sempre busquei conhecer, me informar, sempre tive interesse em conhecer mais as religiões de matriz africana, tanto que cheguei a me iniciar. É uma relação de família, a gente constituiu uma comunidade, nós somos uma comunidade de terreiro.

A nossa roça está localizada dentro de uma área rural no município de Camaçari, no interior da Bahia, dentro de uma reserva de Mata Atlântica protegida. A nossa vizinhança é de pescadores, agricultores, pessoas que trabalham com o cultivo, pequenos vendedores e artesãos. 

Como nós desenvolvemos o nosso trabalho em respeito à natureza tanto quanto eles, a gente goza de uma respeitabilidade. Mas isso eu sei que é algo pontual, a gente é a exceção, porque o que a gente vê, de uma maneira geral, é que os terreiros e as comunidades que estão em locais urbanizados sofrem muito mais com a intolerância religiosa, com o racismo religioso e com o terrorismo religioso.

A gente tenta sempre desenvolver uma boa relação, inclusive, trazendo eles para perto da gente no sentido de interagir, trocar experiencias e aprender o manejo que eles tem com a natureza.

Nós, como praticantes de religião de matriz africana, temos a natureza como base do nosso culto. Na história, elas sempre foram demonizadas e a gente procura mostrar para os nossos vizinhos que não é nada dessa imagem que nos foi pintada.

Detalhe de “Sob a luz dos candeeiros: movimentos do sagrado”, de Arthur Seabra. Foto: Irene Almeida

Nós temos um respeito profundo pela natureza, pelas relações. A gente tenta sempre combater essa ideia que foi construída e essas fotos também seguem neste sentido.

É mostrar e não mostrar. Elas têm algo próprio da nossa religião que é o segredo, uma vez que, historicamente, ela sempre foi muito atacada e precisamos desenvolver mecanismos de autodefesa e proteção. 

O meu trabalho fotográfico tem hoje em dia essa responsabilidade de mostrar a beleza do nosso culto, a riqueza que nós temos e a importância cultural do que o candomblé e que os nossos ancestrais escravizados trouxeram para a formação do povo brasileiro.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática, patrocínio da ALUBAR e patrocínio master da VALE.

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Comissão científica concebe programação do Diário Contemporâneo

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A 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia está repleta de novidades inauguradas neste novo ciclo, uma delas é a formação de uma comissão cientifica para, com Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto, discutir e propor as linhas que irão nortear as temáticas tratadas em sua programação de debates. O comitê é constituído pelos artistas Heldilene Reale, Ceci Bandeira e Sávio Stoco.

A programação será organizada a partir de três eixos: “Curadorias compartilhadas e arte hacker: pensando os limites da instituição de arte”, sob o comando de Ceci Bandeira; “Superfícies da Imagem: estamos mergulhando?”, coordenado por Heldilene Reale e “Arquivo, documento e documentário”, comandado por Sávio Stoco. Os membros do comitê atuarão como mediadores das falas propostas por eles. Nesta 11ª edição, todos os encontros e ações formativas serão realizados via plataforma virtual com o objetivo de evitar aglomerações e ampliar o acesso aos debates. À programação proposta pelo comitê, se somarão os encontros e conversas com artistas mediados pela curadoria geral, já realizadas ao longo das edições do projeto.

Ceci Bandeira (Foto: Divulgação), Sávio Stoco (Foto: Divulgação) e Heldilene Reale (Foto: Natan Garcia)

OS EIXOS

Ceci Bandeira foi selecionada na 10ª edição do Diário Contemporâneo e, além de expor seu trabalho no Museu do Estado do Pará, também realizou ações em comunidades trazendo elas para dentro do espaço do museu e, na sequência, desenvolvendo atividades educativas em suas sedes.

Com o eixo “Curadorias compartilhadas e arte hacker: pensando os limites da instituição de arte”, a artista propõe “pensar quais maneiras de superarmos os limites dos museus, progressivamente, construindo pontes onde ainda existem muros, ou melhor, fazer com que o museu, fortalecido como bem público e como instituição dinâmica exerça o seu papel comunitário. Dentre as possibilidades de expansão, propomos focar no aprendizado que as redes tecnológicas criadas por artistas emergentes – marginais, portanto, por se articularem à margem do circuito de arte – podem nos proporcionar. Ao discutir conceitos como artista hacker e afrofuturismo pretende-se aguçar a reflexão sobre quais transgressões estão em jogo, quais mecanismos são possíveis para romper os limites que distanciam os museus de suas comunidades dentro de um contexto de uma nova era tecnológica”, explicou.

Também na 10ª edição, Heldilene Reale integrou a comissão de seleção do Diário Contemporâneo. Com o eixo “Superfícies da Imagem: estamos mergulhando?”, ela observou temas como hegemonia e superficialidade do discurso. “Simbologias nas redes sociais são criadas para legitimar um discurso. Imagens e discursos intensamente compartilhados. No entanto, cabe a pergunta se há um mergulho no discurso do que a imagem apresenta ou estamos utilizando-a em função de um modismo? Percebe-se que os discursos e a forma como nos comunicamos com eles apresentam-se com uma necessidade de serem repetidos e visibilizados. Em meio à pandemia, em situações políticas adversas e perversas, há a profusão de imagens que, mesmo diferentes, carregam o mesmo discurso”, refletiu.

Em 2016, ano do lançamento da Coleção de Fotografias do Diário Contemporâneo, Sávio Stoco veio a Belém participar da programação do projeto e lançar o livro “Fotografia Contemporânea Amazônica – Seminário 3×3”. Para a programação desta 11ª edição, ele propôs o eixo “Arquivo, documento e documentário” que observa as imagens passadas e as atuais. “A imposição desse presente tecnológico e a sua intensa circulação de imagens nos conduzem à pertinência e urgência de se pensar os acervos de imagens remanescentes pelas gerações passadas, no caso tanto de instituições como de domínios particulares. Tão importante quanto projetar um futuro para a preservação de tais patrimônios, deve-se refletir sobre a profusão de imagens que nossa época tem nos estimulado (e nos viciado) a criar. Dinâmica da qual faz parte os esquecimentos quase repentinos e quase naturais desses registros vários”, finalizou.

O COMITÊ

Heldilene Reale é Doutora em Artes (UFMG) e Mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura (UNAMA). Sua trajetória artística desenvolvida desde 2005, vincula um processo que envolve aspectos da memória, patrimônio, narrativas orais, percursos de viagens e conflitos na Amazônia, utilizando multilinguagens. Atualmente atua como artista, pesquisadora e realiza curadoria na galeria do espaço cultural Candeeiro.

Ceci Bandeira é mestra em Artes pela Universidade Federal do Pará (UFPA), possui experiência em arte-educação e mediação cultural de exposições em museus e galerias de arte. Integra o coletivo Nacional TROVOA como curadora independente e articuladora do Estado do Pará, através deste realizou a curadoria das exposições Quieto como É Mantido (Belém/2019) e Amafro – Arte de Mulheres Afroamazônidas (Belém/Virtual/2020).

Sávio Stoco é professor do curso de Arte Visuais da Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP). Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNICAMP. Direciona sua pesquisa no campo da História da Arte, se atendo atualmente ao repertório de produções artísticas/visuais amazônicas na interface com a ecologia.

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PROGRAMAÇÃO

A programação formativa desta 11ª edição inicia nesta sexta-feira (30), com o Encontro com Rosely Nakagawa, curadora convidada da mostra Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos. A fala da Rosely será um relato sobre a concepção curatorial da mostra e seu processo de produção e realização. A programação terá a mediação de Mariano Klautau Filho e será às 19h, no canal do YouTube do projeto.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar. Informações: (91) 98367-2468 e educativopremiodiario@gmail.com.

Diário Contemporâneo abre exposições em novo ciclo do projeto

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A 11ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia está pronta para receber o público a partir desta quarta-feira (21), no Museu do Estado do Pará. O visitante poderá conferir de perto a mostra coletiva Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos, com curadoria convidada de Rosely Nakagawa, e O Lago do Esquecimento, individual de Paula Sampaio, com curadoria de Mariano Klautau Filho. O agendamento é feito pelo site do projeto: www.diariocontemporaneo.com.br. Ontem (20), alguns dos artistas participantes desta edição e os realizadores se encontraram para uma abertura reservada. 

Rosely Nakagawa, Mariano Klautau Filho, Camilo Centeno, Armando Sobral e Nilton Lobato na abertura da 11ª edição. Foto: Irene Almeida

Insistir e não desistir. Na ocasião, Mariano Klautau Filho, curador geral do projeto, ressaltou a importância das exposições estarem acontecendo, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo ano de 2020. “Eu acredito que esta 11ª edição só está acontecendo hoje devido ao Camilo Centeno, ele não desistiu e batalhou para que ela se realizasse ainda este ano. Hoje iniciamos o que eu chamo de a ‘segunda década do projeto’, onde estamos experimentando algumas novidades para que nós tenhamos um fôlego mais interessante. Pela primeira vez, nós temos uma curadora convidada para trabalhar o tema na mostra principal, a Rosely Nakagawa, uma pessoa que já colabora há muitos anos com a produção do Pará. Eu a escolhi para inaugurar essa curadoria e, a partir daqui, vamos imprimir no projeto uma série de discussões sobre curadoria compartilhada”, disse.

Karina Motoda, Henrique Montagne, Zé Barretta, Melvin Quaresma, Suely Nascimento e Anna Ortega são alguns dos artistas desta edição. Foto: Irene Almeida

Rosely coordenou o júri que fez a seleção dos trabalhos da mostra coletiva e, a partir do tema proposto para 2020, fez a curadoria das obras. Ela contou com a assistência e o projeto expográfico de Flávio Franzosi e com o desenho de luz de Lucia Chedieck. “Eu queria ressaltar algumas coisas, a primeira é a importância do Prêmio, que não é apenas um prêmio que seleciona os melhores trabalhos, mas ele tem a preocupação com a formação. Assim, o Prêmio da forma como ele se estrutura, não me surpreende que seja estabelecida, então, como a primeira ação realizada neste período desastroso que estamos vivendo. Nós estamos vivendo um período convalescente e se não fossem ações como a nossa, eu penso que a cultura não sobreviveria, já que ela está sendo constantemente ameaçada. A ação de abrir uma exposição dessa envergadura neste momento é da maior importância, é para ajudar que a nossa convalescença seja mais rápida e mais saudável”, refletiu.

Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio apresentam ao grupo a mostra O Lago do Esquecimento. Foto: Irene Almeida

Camilo Centeno, diretor geral do Grupo RBA, ressaltou que o Diário Contemporâneo é um projeto que se desdobra pelo ano todo, não somente na época das exposições e que, com a pandemia, todo o planejamento feito para esta edição teve que ser reestruturado. Assim, soluções foram estudadas para realizar o Prêmio com segurança e qualidade. “Tivemos que repensar tudo, tudo foi diferente este ano. É a 11ª edição e, como o Mariano disse, este é o primeiro ano de uma nova década. Foram muitas reuniões, planejamentos e eu acredito que a cultura paraense e a arte da fotografia mereciam este esforço todo. Assim, foi algo totalmente novo e pela primeira vez nós estamos inaugurando a visitação virtual, nós vamos permitir que as pessoas, de onde elas estejam, acompanhem tudo o que foi montado aqui. Isso é maravilhoso e é um legado que este momento vai nos deixar”, finalizou.

Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio observam a publicação da artista que saiu encartada no Jornal Diário do Pará. Foto: Irene Almeida

Mariano e Rosely fizeram pequenas visitas guiadas pelas exposições nas quais são curadores. Paula Sampaio, que teve uma publicação especial sobre o seu trabalho encartada no Jornal Diário do Pará, também conversou sobre suas obras com os presentes e Rosely ainda aproveitou para conversar com os mediadores do projeto.

Dairi Paixão e Flávio Franzosi acompanhados dos mediadores culturais desta edição. Foto: Irene Almeida

VISITAÇÃO

Até 20 de dezembro de 2020.

📌Terça a sexta: 10 às 16h

📌 Sábado e domingo: 09 às 14h

🗓 AGENDAMENTO

É necessário o agendamento prévio da visitação no site: www.diariocontemporaneo.com.br

😷 VISITA SEGURA

Para visitar as exposições com maior segurança, o visitante deverá cumprir com os procedimentos de prevenção ao contágio do novo coronavírus.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará com apoio institucional do Museu do Estado do Pará, do Sistema Integrado de Museus, SECULT e do Museu da UFPA; colaboração da Sol Informática e patrocínio da Alubar. Informações: (91) 98367-2468 e educativopremiodiario@gmail.com.