Em imagens, a complexidade urbana

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II Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia propõe olhares sobre a cidade

“A técnica está sempre a serviço de uma ideia”, defende o fotógrafo Alexandre Sequeira. A afirmação, segundo ele, serve para conduzir o trabalho fotográfico, que exige compreensões poéticas e sensíveis acima de quaisquer conhecimentos tecnicistas. É claro que com o domínio técnico o fotógrago amplia suas possibilidades de expressões estéticas, mas Alexandre, que integra a comissão de seleção do II Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, garante que o conceito também é parte primordial da fotografia. Ele e os professores e curadores Marisa Mokarzel e Tadeu Chiarelli ficarão atentos para a capacidade de reflexão dos trabalhos inscritos. A partir do dia 03 de janeiro, artistas do Brasil inteiro poderão inscrever trabalhos no concurso, que tem como tema “Crônicas Urbanas”.

O projeto pressupõe pensar sobre a cidade como elemento fundamental para a constituição da linguagem fotográfica. Os artistas selecionados serão avaliados quanto à diversidade do pensamento e da linguagem, no campo das imagens e histórias geradas e vividas nos espaços urbanos. “A fotografia é um elemento provocador, indutor da reflexão. O tema está ligado à crise das cidades, que buscam suas soluções para problemas do meio ambiente. As artes plásticas em geral são mais herméticas, mas a linguagem fotográfica é mais fácil para propor, pois é uma linguagem artística imbricada com a nossa vida, já que consumimos imagens”, explica Alexandre.

NOVIDADES

Para a segunda edição, algumas novidades foram estabelecidas, ressaltando o aperfeiçoamento do projeto. A primeira delas é a apresentação de Luiz Braga como artista convidado, com uma parte de sua pesquisa e produção fotográfica expostas em mostra particular, em harmonia com o tema do projeto. Pelo incontestável registro da urbanidade da cidade Belém, de maneira peculiar, desde os seus primeiros ensaios na década de 1970, Luiz Braga vai dialogar com a equipe de organização do projeto a fim de decidir, dentro de seu extenso trabalho, o que poderá compor a mostra. “Serão selecionadas de oito a dez fotografias, que vão ocupar uma das salas do museu, como parte da exposição dos trabalhos selecionados. A fotografia do Luiz tem uma atmosfera urbana de um ponto de vista inusitado”, explica Mariano, que destaca o mais recente trabalho do fotógrafo, “Verde-Noite, 11 Raios na Estrada Nova – Fotografia Night Vision”, no qual ele volta a fotografar a Estrada Nova, em Belém.

Além disso, será montada também uma exposição paralela, no Museu Casa das Onze Janelas, com fotografias dos repórteres fotográficos do jornal Diário do Pará. Mariano conta que a ideia foi lançada pela fotógrafa Irene Almeida, que também compõe a equipe de organização do projeto, e foi proposta justamente porque aqueles fotógrafos estão diretamente relacionados com a dinâmica da cidade, registrando-a diariamente. Agora, as fotografias de 14 profissionais sairão dos arquivos e acervos para o museu. “Eles possuem um trabalho que não é mostrado. Vamos aproximar esse universo, trazer o dia-a-dia da cidade para a fotografia contemporânea. É a maneira de chegar até esses arquivos”, explica o curador. É mais um espaço que abarca o Premio Diário Contemporâneo de Fotografia, que este ano terá mais um mês disponível para as visitações, o que vai viabilizar a ampliação das ações educativas. A exposição ocorre de 15 de março a 15 de maio do ano que vem.

LANÇAMENTO

Durante a solenidade de lançamento da segunda edição, ocorrida no último dia 16, alguns pontos fundamentais foram lembrados, como, por exemplo, o pioneirismo do prêmio, o primeiro no estado pensado exclusivamente para a linguagem fotográfica e seus desdobramentos. O diretor-presidente do Diário do Pará, Jader Barbalho Filho, disse que esse foi o motivo fundamental para a realização do projeto, que foi criado para valorizar ainda mais a já reconhecida importância da produção e reflexão acerca da fotografia desenvolvida ao longo dos últimos anos. “Nós idealizamos esse prêmio com a ideia de valorizar a fotografia. Faltava um prêmio exclusivamente para essa linguagem. Com isso, esperamos elevar o reconhecimento da fotografia paraense”, disse.

Ainda durante o lançamento, foi realizada a entrega simbólica da série “Lugares Imaginários”, de Octávio Cardoso, premiada na primeira edição do prrojeto, ao acervo do MUFPA.

A professora Jussara Derenji, diretora do MUFPA, afirmou que nesta segunda edição a parceria com o grupo RBA se consolida. “Esperamos continuar esta e outras parcerias. Queremos resgatar o papel de vanguarda que a Universidade possuía para as artes visuais na Amazônia, que se perdeu um pouco ao longo dos anos”, explicou.

Karla Melo, representante regional da Vale, patrocinadora do projeto, enfatizou a parceria com o grupo RBA e destacou o compromisso com a valorização e estímulo para a arte. “Nós comemoramos essa parceria. O prêmio está sendo realizado com paixão por vencer desafios e para valorizar a cultura local. Nesta segunda edição o projeto está ainda mais belo, com grandes artistas, que procuram olhar para a cidade com outra perspectiva”.

INSCRIÇÕES

O período de inscrição é de 03/01 a 05/02 de 2011. Para os trabalhos enviados por correio, a data limite para postagem será o dia 5/2/2011. Informações: 3224-0871 / 3242 – 8340.

(Texto: Assessoria de  Comunicação)

Um comentário em “Em imagens, a complexidade urbana

  1. boas as fotos do diario, parabens pelo concurso.
    pena que as pessoas nao tenhao um olhar diferente nesse mundo pois algumas fotos sao iguais a outras.
    vcs deveriam explora a criatividade dos candidatos..

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