Fotografia paraense em destaque no Prêmio Diário Contemporâneo

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Seguindo a programação de aberturas de exposições do 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, o Museu da UFPA recebe, nessa quarta-feira (23), às 19h, duas mostras especiais: “Cidade Invisível”, de Janduari Simões, artista convidado desta edição; e “Pequenas cartografias (e duas performances)”, com um breve resumo da nova produção fotográfica e artística do estado, através dos trabalhos de Marise Maués, Michel Pinho, Cinthya Marques, Rodrigo José, Marco Santos e Luciana Magno.  A entrada é franca e a visitação seguirá até o dia 22 de junho.

Este ano, o artista convidado vem reforçar, mais uma vez, a necessidade de se construir um panorama da produção fotográfica no nosso estado. Janduari Simões nasceu no interior da Bahia, mas seu acervo se constitui, em grande parte, com imagens sobre cultura e o homem da Amazônia, sobretudo do Pará. Em “Cidade Invisível”, ele apresenta um questionamento sobre história, memória e patrimônio. Numa parte, um recorte pontual de sua sensibilidade sobre o espaço urbano e as mutações que ocorrem na arquitetura, com um olhar atento para a estrutura formal das moradias, e as semelhanças que anulam o limite entre centro e periferia. Onde, segundo o curador do projeto, Mariano Klautau Filho, “as fachadas de casas populares assumem uma conformação construtivista e os apartamentos projetados na era moderna da arquitetura se revelam na sua ocupação contemporânea uma assimetria, linhas irregulares e certo caos distantes do projeto inicial para o qual foram pensados”.

Foto: Janduari Simões

Do outro lado, um trabalho tocante, que foi realizado final dos 70, época em que a quadra que abrigava a Fábrica Palmeira estava sendo destruída, e marcando, então, o nascimento de uma das maiores cicatrizes urbanas que Belém já produziu, a qual hoje tem o nome de “Buraco da Palmeira”. “As imagens do Janduari dos restos da edificação da Fábrica Palmeira são melancólicas, e ao mesmo tempo são registros documentais de uma paisagem que ninguém (ou quase ninguém) fotografou”, conta Mariano, acentuando que “As pessoas preferem ver os desenhos, rótulos, marcas dos antigos catálogos da Palmeira como se fossem bibelôs românticos e com isso poderem suspirar exercitando seu gozo nostálgico, mas não querem enxergar que houve um massacre de uma quadra inteira e que isso está relacionado hoje com o poder das construtoras e incorporadoras que continuam destruindo a cidade diante de gestões e institutos de patrimônio subservientes”. Na sua observação, as fotografias de Janduari recolocam nesse contexto a questão da invisibilidade de uma cidade, cidade essa que muita gente não quer ver ou não consegue mais ver.

MOSTRA ESPECIAL

Pelo segundo ano, além da individual do artista convidado, o Museu da UFPA recebe, também, uma coletiva que traz um recorte do que de novo está se produzindo na fotografia paraense. Veteranos e jovens fotógrafos apresentam ao público seus mais recentes trabalhos. A mostra “Pequenas cartografias (e duas performances)” acentua mais ainda a intenção do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia de valorizar e fomentar a cultura paraense.

Marise Maués apresenta a obra intitulada “Nóstos”, composta por um vídeo, que teve como local de produção a ilha ribeirinha de Maracapucu Miri, localizada o município de Abaetetuba. “Sou egressa desse lugar, contudo aos dois anos fui levada juntamente com mais oito irmãos para a cidade, pois para minha matriarca era imprescindível à educação, a fim de nos garantir um futuro melhor. Apesar desse afastamento, sempre tive contato com os costumes e tradições ribeirinhas, seja pela ancestralidade ou por visitas em épocas de férias”, conta Marise. O trabalho mistura natureza e feminilidade.

Já o fotógrafo e historiador Michel Pinho expressa seu convite à reflexão, um questionamento sobre o estado da humanidade que beira barbárie, o qual legitimou e legitima a violência. “Patrimônio” é composto por fotografias que navegam entre a estética do lugar e o registro do patrimônio deixado pelos nazistas. “Descobri que a dor atravessa fronteiras e as edificações que antes serviam como apenas um estábulo, passaram a ser campos de extermínio. A proposta da exposição se encaixa nesse viés, falar de processos transnacionais questionar como a construção visual do nazismo ajuda-nos a compreender a dor que emana dos prédios, caminhos, banheiros e arames, muitos arames que lá e cá estão”, reflete Michel.

Primavera. Foto: Rodrigo José

“Primavera”, de Rodrigo José é um trabalho desenvolvido no ambiente interno de uma casa, em que as fotografias procuram investigar o lado afetivo de um lugar que estava em via de desaparecer. É uma série em que a fotografia trabalha como um vetor de descobertas que possibilita a reflexão de um universo particular.

“Flat – Volto para dormir todos os dias nas ruínas”, de Cinthya Marques, trata-se de uma série de fotografias que buscam retratar o ambiente que artista reside, a partir da linguagem ficcional, observando uma única perspectiva: a vista da janela de um apartamento, próximo a Avenida Presidente Vargas, centro comercial de Belém. “Assim como um estrangeiro, que ao chegar à nova cidade se depara com uma visão acerca do seu próprio mundo, pretendo discutir na série a sensação daquele que observa pela primeira vez uma nova paisagem ao seu redor, para falar sobre o primeiro olhar que lançamos no local em que se transita, aquele olhar sobre o novo, o diferente e o desconhecido”, conclui Cinthya.

“Flat - Volto para dormir todos os dias nas ruínas”, de Cinthya Marques
“Flat – Volto para dormir todos os dias nas ruínas”, de Cinthya Marques

No cotidiano de fotojornalista do jornal Diário do Pará, Marco Santos observou: “sempre tive uma certa paixão por composições que envolvem o que chamamos de sinistro. É uma sensação provocada pela escuridão e pela luz. Algo que revela de forma abstrata a existência e elementos, nas imagens”. Em “Sinistro”, vemos fotografias de situações arrasadas, mas que renovam a esperança com pequenas coisas, quase imperceptíveis.

Já no registro da performance “O silêncio ancorava as asas: ser pedra depende de prática”, da artista Luciana Magno, observamos imagens em que a força da natureza se impõem. O trabalho é uma reflexão sobre a vida e seu fluxo, a partir do lançar-se ao desconhecido.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

SERVIÇO: Fotografia paraense em destaque no Prêmio Diário Contemporâneo. Abertura: 23 de abril de 2014. Horário: 19h. Local: Museu da UFPA (Av. Governador José Malcher (esquina com Generalíssimo Deodoro). Entrada franca. Visitação até 22 de junho de 2014. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 8367-2468; premiodiario@gmail.com e http://www.diariocontemporaneo.com.br.

Texto: Debb Cabral

Mostra do 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia abre nessa terça

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Em março, a comissão de seleção, formada por Alexandre Santos (UFRGS), Rubens Fernandes Junior (FAAP/SP) e Mariano Klautau Filho, depois de quatro dias intensos  escolheu os 30 artistas, dentre os 518 inscritos, que constituem um recorte do que mais instigante está se produzindo na fotografia contemporânea. Agora, o público poderá finalmente conhecer as obras escolhidas para essa 5ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. A “Mostra dos artistas premiados e selecionados” inaugura nessa terça (22), às 19h, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas. Com entrada  franca, a visitação seguirá até o dia 22 de junho.

Nascido em Belém, em 1970, e formado em Administração de Empresas, Alberto Bitar iniciou na fotografia em 1991, ano em que passou pelas oficinas de fotografia da Associação Fotoativa. Desde 1992 desenvolve ensaios pessoais, já tendo participado de diversas mostras nacionais e internacionais, além de integrar o acervo de museus e coleções.

Bank Blocs, de Alberto Bitar

É dele o Prêmio Diário do Pará, pelo trabalho “Bank Blocks”, numa referência ao termo Black Bloc, tática de protesto de rua de ação direta que começou na Alemanha da década de 1980, e que visa atacar prédios, carros e outros símbolos capitalistas como forma de reivindicar atenção para a sua causa. Fotojornalista do jornal Diário do Pará e com a vivência constante da redação, Alberto acompanhou a ação dos Black Blocs no Brasil, onde tomaram força durante os protestos de 2013, quando manifestantes foram às ruas em várias cidades do país em protestando, em sua maioria, contra o aumento na passagem do transporte coletivo homologado pelas prefeituras.

“Nos bancos, situados nesses lugares, encontrei algo diferente ao que estava acostumado nas paisagens urbanas que conhecia. […] A presença desse novo elemento não significa apenas que ali haviam acontecido embates e protestos anteriores. Aquilo não era simplesmente um remendo do resultado daquelas investidas, mas além de marcas ou símbolos do que havia ocorrido também seria uma tática de defesa aos ataques dos Black Blocs que ainda poderiam acontecer dali para frente, o que chamei de Bank Blocs”, observou Alberto.

Ume, da série Dedicatórias, de Yukie Hori

“Dedicatórias”, da artista visual e designer gráfico Yukie Hori (SP), é uma série de cinco crônicas de três ou duas imagens, tomadas entre 2008 a 2013 em viagens ao Japão. Segundo ela, “são imagens produzidas sem o comprometimento anterior ao registro de formar um ensaio fotográfico de tema definido, mas que recriam memórias, estabelecidas na revisita ao arquivo pessoal”, nesse momento também são percebidas as referências formativas da poética da autora. Este trabalho foi vencedor na categoria Prêmio Diário Contemporâneo.

“Não por acaso, minha pesquisa em desenvolvimento no mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da USP tem especial atenção às influências da arte e cultura japonesas na prática artística e a discussão da fotografia na esfera da Arte Contemporânea. Este portfólio dialoga, portanto, com essas questões”, acentua Yukie.

Diego Bresani: Série Ao Lado – Homens brigando na seca

Vencedor do Prêmio Diário de Fotografia, Diego Bresani (DF) é fotógrafo e diretor de teatro, formado em Artes Cênicas. Sua pesquisa atual constitui uma experimentação com as fronteiras entre a fotografia documental e a encenação, como na série “Ao Lado”, na qual o público observará que são cenas da vida cotidiana com as quais o artista se depara constantemente, flagrantes de um momento na vida de pessoas desconhecidas, feitos pela janela do carro ao se deslocar pela cidade. “Eu as vejo, as guardo em minha memória e depois volto ao seu lugar original e as reenceno usando outras pessoas, na maioria das vezes atores e atrizes. isolando-as assim, de seus contextos originais. A intenção é trazer de volta à vida momentos ordinários que seriam negligenciados se não fossem recriados. Quando estas imagens costumeiras são vistas de fora de suas cronologias originais, recriadas no tempo e desprovidas de informações extras, elas demandam do expectador que ele/ela imagine e crie seus próprios contextos para estes momentos, assim como o que as precedeu e o que as sucedeu. As fotografias das situações ‘realocadas’ se tornam então, provocações para novas histórias”, diz Diego.

Além dos premiados, estarão presentes na exposição, as obras dos artistas selecionados nessa 5ª edição, são eles: Alex Oliveira (BA); Amanda Copstein (RS); Toni Pires (SP); Carol de Góes (RS); Daniel Moreira (MG); Fábio Del Re (RS); Felipe Bertarelli (SP); Francilins Castilho Leal (MG);  Tom Lisboa (PR); Ionaldo Rodrigues (PA); Isabel Santana Terron (SP); Ivan Padovani (SP); Juliana Kase (SP); Juliano Menegaes Ventura (RS); Keyla Sobral (PA); Letícia Lampert (RS); Marcelo Martins de Figueiredo (MG); Marco A. F. e Eduardo Veras (RS); Marilsa Urban (PR); Marlos Bakker (SP); Nelton Pellenz (RS); Paula Huven (MG); Pedro Clash (SP); Péricles Mendes (BA); Rafael D’alò (RJ); Randolpho Lamonier (MG); e Victor Galvão (MG).

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

SERVIÇO: Exposição do 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia abre nessa terça. Data: 22 de abril de 2014. Horário: 19h. Local: Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (Praça Frei Caetano Brandão s/n – Cidade Velha). Entrada franca. Visitação até 22 de junho de 2014. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 8367-2468; premiodiario@gmail.com e http://www.diariocontemporaneo.com.br.

Texto: Debb Cabral

Selecionados para o workshop “A fotografia no limite do tempo”

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ADAN BRUNO COSTA DA SILVA
ALEX GARCIA DE OIVEIRA
CAMILA AZEVEDO DINIZ
DEBORA CINTHIA RODRIGUES MONTEIRO
ELIZABETH GOMES
EMERSON DA COSTA COELHO JÚNIOR
EVERTON MAURÍCIO PEREIRA NASCIMENTO
FLAVIO AUGUSTO DA SILVA CONTENTE
HELDILENE GUERREIRO REALE
IONALDO RODRIGUES DA SILVA FILHO
MARIA CHRISTINA BARBOSA
MONIQUE HELENA DIAS BARROS
PAULO SÉRGIO DAS NEVES SOUZA
SANDRO DESTRO LIMA
TAIANE NOVAES DO CARMO
VICTORIA CORREA SAMPAIO
WALKIRIA ALMEIDA LOUREIRO
YAN FARIA DOS SANTOS

Divulgados os selecionados para 1ª etapa do Projeto Educativo

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Os selecionados irão participar do mini-curso da Ação Educativa “Olhar Vagabundo” referente à exposição do V Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, a ser realizado no período de 09 a 12 de abril de 2014, com carga horária total de 16h.

A participação no mini-curso corresponde a segunda e última etapa de seleção as vagas de mediador cultural. Ele acontecerá no Museu da Universidade Federal do Pará (Av. Governador José Malcher, 1192 – Nazaré), no horário de 08 às 12h (quinta, sábado e domingo) e 14 às 18h (sexta). Nos quatro dias de encontro serão focados os seguintes temas: A Educação e o Espaço Cultural: Caminhos Mediados; Arte Contemporânea: entre linguagens; Fotografia e imagem; Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia mesclados por jogos, textos, vídeos e provocações a reflexão tanto ao contexto/processo que se constrói em torno das obras presente na edição de
2014 do Prêmio quanto as possibilidades de uma ação educativa consciente do seu papel frente à formação dos indivíduos, enquanto educação não formal.

É obrigatório que os selecionados confirmem sua participação até às 18h do dia 09 de abril de 2014 (quarta-feira), através do email premiodiario@gmail.com.

  • Confira abaixo os selecionados:

1. Alex Garcia de Oliveira
2. Ana Lúcia dos Santos Ribeiro
3. André Luiz Piedade Meiguins
4. André Vitor Silva Lima
5. Elton Galdino de Lima
6. Eric Jonas David Teles
7. Fabíula Tenório da Silva
8. Fernanda Pinto Mota
9. Jorge Costa Barbosa
10. Luciana Ramos do Carmo
11. Maitê Zara Gentil de Oliveira
12. Malu da Silva Santos
13. Mateus Monteiro dos Santos
14. Mayra do Socorro de Araujo Rodrigues
15. Paula Fernanda Silva de Almeida
16. Renan Gilberto Moraes Coelho
17. Samantha Rayssa Cunha da Silva
18. Sandra Regina Coelho da Rosa
19. Silvia Cruz Peixoto
20. Vanessa Malheiro Moraes

Inscrições para Workshop de fotografia com Fernando Schmitt abrem nessa terça

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A Fotografia no Limite do Tempo é um curso que visa à pesquisa e a prática experimental da fotografia com o objetivo de explorar suas relações com o tempo. Ele compõe a programação da 5ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. A ação formativa acontecerá no período de 22 a 24 de abril, das 09h às 13h e 25 de abril, das 9h às 12h, no Instituto de Artes do Pará – IAP. Gratuitas, as vagas são limitadas e as inscrições acontecerão no período de 08 a 15 de abril, no site www.diariocontemporaneo.com.br. Os candidatos interessados devem ter conhecimento de fotografia, enviar currículo resumido e pequeno portfólio (em PDF) com no máximo cinco imagens em baixa resolução.

A metodologia do workshop misturará atividades de aula, grupo de estudos e ateliê de projeto. A cada encontro uma provocação orientará a intervenção inicial do professor, que acontecerá no formato de bricolagem de fragmentos: textos, filmes e fotografias.

Foto: Fernando Schmitt

Os participantes serão convidados a pesquisar e coletar outras experiências e a compartilhar seus próprios trabalhos compondo um grande painel de subsídios. Trabalhando com esse material o grupo será desafiado a projetar experiências fotográficas que poderão assumir vários formatos como imagens, textos, multimídias, plataformas de visualização, entre outros. O encontro final reunirá todas as experiências projetadas, numa espécie de coleção, para avaliar em grupo os resultados obtidos.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

Fernando Schmitt é fotógrafo, graduado em Jornalismo e mestre em Comunicação Social, atua como professor de fotografia desde 1995. Coordena atividades de pesquisa no Grupo de Estudos e Criação em Fotografia do Ateliê Fotô. Participa como oficineiro do projeto Pontos MIS do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Possui trabalhos em acervos de instituições e coleções particulares.

FAÇA SUA INSCRIÇÃO AQUI

SERVIÇO: Inscrições para Workshop de fotografia com Fernando Schmitt abrem nessa terça. De 22 a 24 de abril, das 09h às 13h e 25 de abril, das 9h às 12h. Local: Instituto de Artes do Pará – IAP (Pça. Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica). Inscrições gratuitas pelo site http://www.diariocontemporaneo.com.br. Vagas limitadas. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale. Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 8367-2468; premiodiario@gmail.com.

Texto: Debb Cabral

Diário Contemporâneo abre seleção para Mediador Cultural

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Texto: Debb Cabral

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia convoca os estudantes de Artes Visuais, Museologia e áreas afins que estejam interessados em trabalhar na mediação com o público durante as exposições da 5ª edição, que ocorrerão em Belém, no período de 22 de abril a 22 de junho, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas e Museu da UFPA.

O objetivo é proporcionar aos diversos públicos novas possibilidades de aproximação com as exposições apresentadas no projeto. Nas visitas agendadas ou não, os mediadores incitarão as pessoas a se expressar e saber comunicar-se artisticamente; articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão, ao entrar em contato com as produções artísticas.

Foto: Irene Almeida

“Olhos de assombro” é o nome do programa de atividades da ação educativa. Os mediadores atuarão em duas frentes de trabalho, tidas como dois olhares. O primeiro, “Olhar de brinquedo”, é voltado ao público de professores/educadores, desenvolvendo a partir de encontros uma apresentação do material educativo e artístico do desta 5ª edição, a fim de gerar conteúdo e material a ser desdobrado em sala de aula.

O segundo olhar, chamado de “Olhar vagabundo”, é voltado aos educadores dos espaços culturais e suas práticas/experiências transformadas em saber científico compartilhado.

Os horários e dias de expediente:

Vagas Período Horários
03 TER à DOM 09 às 13h
03 TER à DOM 13 às 17h
03 TER à DOM 10 às 14h
03 TER à DOM 14 às 18h

As inscrições se darão através do envio de currículo para o email  premiodiario@gmail.com, até dia 04 de abril de 2014. As vagas são limitadas.

Instruções: currículo anexado ao email. No título do email “nome – currículo”

Informações no site  www.diariocontemporaneo.com.br

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

Diário Contemporâneo abre agendamento de visitas às exposições da 5º edição

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Texto: Debb Cabral

O maior impacto que um projeto como o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia deixa, na cidade, não é a premiação, mas a contribuição para a educação visual e cultural daqueles que entram em contato com as obras selecionadas. A ação educativa desta 5ª edição vem olhar cada participante como sujeito e caminho. “Olhos de assombro” é o nome dessa ação que se preocupa com o indivíduo, tido, tal qual a experiência fotográfica, que precisa de diferentes tempos, como o de observação, envolvimento, expectativa, e resultado.

As exposições do 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia ocorrerão em Belém, no período de 22 e 23 de abril a 22 de junho de 2014, no Museu Casa das 11 Janelas e Museu da UFPA, respectivamente. Os interessados em agendar uma visita monitorada e mediada devem fazer via ficha de inscrição que está disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. Informações com Ademar Queiroz, no número 8270-4514 e no email ademarjunior22@gmail.com.

Foto: Irene Almeida

Educadores capacitados atuarão em visitas agendadas ou não, incitando as pessoas a se expressar e saber comunicar-se artisticamente; articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao entrar em contato com as produções artísticas.

O foco na formação, mais do que nunca esteve presente no direcionamento de esforços do Prêmio Diário, a começar pelo primeiro workshop oferecido nessa edição, “Do visível ao invisível”, com Ana Mokarzel. Seu público-alvo foi o de professores e educadores de arte, numa proposta de sensibilizar as pessoas que estão diariamente em sala de aula, e torná-las multiplicadoras. “A gente tem que vencer o medo e incorporar. As pessoas aprendem na escola a ler e a escrever, mas eu queria muito que as pessoas também tivessem uma educação visual”, comenta o fotógrafo e professor de fotografia, Igor Melo.

Foto: Irene Almeida

Na ação educativa, duas frentes de trabalho. Dois olhares. O primeiro, “Olhar de brinquedo”, é voltado ao público de professores/educadores, desenvolvendo a partir de encontros uma apresentação do material educativo e artístico do desta 5ª edição, a fim de gerar conteúdo e material a ser desdobrado em sala de aula.

O segundo olhar, chamado de “Olhar vagabundo”, é voltado aos educadores dos espaços culturais e suas práticas/experiências transformadas em saber científico compartilhado.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

PROFESSOR E EDUCADOR, FAÇA O AGENDAMENTO DA SUA VISITA AQUI

SERVIÇO: Diário Contemporâneo abre agendamento de visitas às exposições da 5º edição. O agendamento de visitas é feito via ficha de inscrição, que está disponível no site www.diariocontemporaneo.com.br. Informações com Ademar Queiroz, no número, 8270-4514 e no email ademarjunior22@gmail.com. O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA). Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) – Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 8367-2468 e premiodiario@gmail.com.

“Fotografia: campos de expansão” debate as possibilidades da fotografia contemporânea

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Texto: Debb Cabral

A chuva forte da quinta-feira (13) não afastou os mais de 130 interessados em pensar e discutir fotografia, que compareceram a mesa-redonda “Fotografia: campos de expansão”, com os membros da comissão de seleção do 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Alexandre Santos (UFRGS) e Rubens Fernandes Junior (FAAP/SP), tendo a mediação de Mariano Klautau Filho. O evento foi uma parceria com o Café Fotográfico da Associação Fotoativa e Centro Cultural Sesc Boulevard.

A proposta da mesa refletia as buscas e as intenções sobre uma ideia mais ampliada da linguagem fotográfica. Para entender melhor a fotografia contemporânea “é necessária uma percepção sobre os mais diversos aspectos que ela própria encarna em sua manifestação, como linguagem, como signo visual, narrativo, descritivo, ficcional, cientifico, social e político”, observou Mariano.

Foto: Irene Almeida

Alexandre Santos apresentou um recorte da pesquisa que ele já desenvolvia. “Fotografia e espreita: a noite nas imagens de Brassaï e Kohei Yoshiyuki”, era o tema. Ele observou que “a noite como um território de dispersão, do mistério do incontrolável; é o cenário perfeito para a atividade da espreita, pois sempre carregou o drama moral da escuridão, ligado ao caos, ao mistério e ao domínio do mal”.

Brassaï trabalhou como jornalista e andava pela noite nas ruas e cafeteiras parisienses em busca de vida. A noite era sugestiva e a cidade era um palco. Pitoresca nos edifícios, bordéis, trabalhadores, malandros, prostitutas e travestis. O surrealismo da realidade fantástica.

Já Yoshiyuki trabalhava como fotógrafo comercial em Tóquio quando se encantou pela atividade noturna em Shinjuku. Frequentava os parques à noite e ao ficar amigos dos voyeurs ninguém percebeu que carregava uma pequena câmera. Em suas fotos da série “Parque” a escuridão era rompida apenas pela luz fraca de lanternas, o espectador da imagem também tinha a experiência de reconhecer corpos através de suas partes, já que os rostos, em sua maioria, eram escondidos.

Foto: Irene Almeida

“Cerca de 40 anos separam as poéticas de Brassaï o Yoshiyuki, um período no qual se processaram muitas mudanças no plano cultural, inclusive quanto a inserção da fotografia na arte. Em suas narrativas urbanas errantes muitos pontos em comum se revelam, entretanto, ao enfatizarem as questões da experiência, do corpo e da alteridade na cidade; as suas experiências reafirmam a potencia da vida coletiva dentro da sua própria complexidade e multiplicidade de sentidos. Ao mesmo tempo em que enfrentam os discursos visuais dominantes e seus silêncios históricos”, acentuou, Alexandre.

Já Rubens Fernandes Junior teve a temática de sua fala construída a partir do contato com o tema dessa quinta edição do Prêmio. O Não-tema, o Não-lugar, a Não-fotografia.

“Entendo a imagem, particularmente a fotográfica, como um espaço significativo, construído não só pela mediação do homem e máquina, mas também pela interação entre linguagens e articulação com os enquadramentos, posições, cores e muitas coisas variáveis; além de um repertório necessário para você poder interagir, ou pra você pensar nessa relação homem e máquina”, comentou.

Foto: Irene Almeida

Na atual realidade, imersos em imagens, o indivíduo vive e convive com imagens mediadas por novas praticas; daí a necessidade de se buscar novas reflexões sobre a imagem técnica. Nesse ponto, a fotografia é fonte de informação, que incendeia a imaginação do sujeito, e cria um espaço interrogativo.

“Eu diria que algumas fotografias são opacas, o plano da imagem detém o observador; e algumas fotografias são mais transparentes, pois o observador é arrastado através da sua superfície pra dentro da ilusão da imagem”, encerra, Rubens.

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

O exercício da percepção no workshop de Ana Mokarzel

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Texto: Debb Cabral

A procura foi grande para ter a chance de participar do workshop de fotografia “Do visível ao invisível”, com Ana Mokarzel, pelo 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.

Grande parte dos selecionados já acompanhava o trabalho da ministrante e ficaram muito interessados na possibilidade de explorar as funcionalidades da câmera no celular.

É possível fazer uma boa foto com o celular? Porque usá-lo? Quando? Como? O que é uma boa foto? O que é ser fotografo hoje em dia? Essas e outras questões foram debatidas logo no primeiro dia de atividades.

A fotografia começa dentro da pessoa. “Eu trago o que é meu e impregno a imagem que eu estou fazendo. Quando a gente percebe isso, acaba entendendo que todo o nosso trabalho é autoral, é um autorretrato nosso”, reflete a ministrante.

O celular, sempre na mão, ajuda nesse autoconhecimento, ao nos tornar invisíveis no meio da multidão, ou cortar, enquadrar e editar uma história do cotidiano. “Cada vez mais, a tendência é a gente ter nas mãos algo mais leve, mais ágil, mais rápido”, acrescenta. Com o telefone, passa-se do perfil do espectador, para o do produtor, porém, o que vai abrir o olhar é o exercício e o debate, como irá acontecer nos próximos dias do workshop.

O objetivo é usar o celular para produzir não uma, mas uma série de boas fotografias, uma narrativa visual de qualidade. Os participantes, no decorrer desses dias de trabalho, se colocarão disponíveis para exercitar, acertar, errar e aprender; pois somente dessa maneira terão êxito.

“A gente tem que vencer o medo e incorporar. As pessoas aprendem na escola a ler e a escrever, mas eu queria muito que as pessoas também tivessem uma educação visual”, comenta o fotografo e professor de fotografia, Igor Melo. A ideia de ter como público-alvo professores e educadores de arte, é justamente, a de sensibilizar as pessoas que estão diariamente em sala de aula, e torna-las multiplicadoras.

Nos próximos dias, os participantes terão noções básicas da fotografia, como a composição e o entendimento da luz, além da percepção de imagens que despertam um olhar diferenciado. Debate sobre a fotografia no campo das artes, com participação especial da Professora Marisa Mokarzel e prática fotográfica, com saída fotográfica orientada. No final, a edição das imagens (formas de apresentação, escolhas e feedback).

Criado em 2010, o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional que incentiva a cultura, a arte e a linguagem fotográfica em toda a sua diversidade.

Workshop “Do visível ao invisível”, com Ana Mokarzel: confira os selecionados

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Texto: Debb Cabral
Fotos: Ana Mokarzel

A fotógrafa Ana Mokarzel selecionou, dentre os 45 inscritos, os nomes que irão participar do workshop de fotografia “Do visível ao invisível!, pelo 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia.

Na ação formativa, o participante terá noções básicas da fotografia, como a composição e o entendimento da luz, além da percepção de imagens que despertam um olhar diferenciado. A oficina se dará através de debates e da prática fotográfica, com saída fotográfica orientada. No final, a edição das imagens (formas de apresentação, escolhas e feedback).

Confira abaixo a lista de selecionados:

  1. MYRNA CASTELO REIS
  2. ALEXANDRE DA SILVA MOTA
  3. TIAGO WILLAM VERAS DO CARMO
  4. MARIA IZETE CASTRO RODRIGUES
  5. RONALDO LUCIO LOPES ANDRADE
  6. AÍSSA MATTOS DE OLIVEIRA
  7. DALILA LUISA DO NASCIMENTO
  8. ADAN BRUNO COSTA DA SILVA
  9. GLAUBER JÚLIO ANDRADE DA SILVA
  10. LILIANNE ESTHER MERGULHÃO PIRKER
  11. ANDERSON VANER COSTA CORDOVIL
  12. MARCELO LUIZ BEZERRA DA SILVA
  13. RAIMUNDA WEYL ALBUQUERQUE COSTA
  14. LARISSA MAYARA SANTOS COSTA
  15. IGOR GRAZIANNO MELO GOMES
  16. INGRID SOUZA DA SILVA
  17. EDUARDA SANTANA DOS SANTOS RODRIGUES
  18. JOSÉ MARIA REIS E SOUZA JUNIOR
  19. ANA RITA SANTOS CHAGAS
  20. WILLIAM LIMA FAVACHO
  21. ANDREY RUSSELL DE SOUSA GOMES
  22. MADALENA FELINTO
  23. EVERTON SARAIVA
  24. ARTUR TADAIESKY LIMA DE LIMA
  25. RAONI LOURENÇO ARRAES